segunda, 20 de maio de 2024
Política

Haddad evita comentar sobre Copom antes da ata; indicados de Lula votaram por corte de 0,5 p.p.

Na quarta-feira (8), o Comitê reduziu a taxa em 0,25 p.p., uma desaceleração frente aos cortes anteriores

09 maio 2024 - 13h01Por Mari Galvão
Déficit recorde de R$ 230,5 bi em 2023: Haddad aponta calote de Bolsonaro nas contas públicasDéficit recorde de R$ 230,5 bi em 2023: Haddad aponta calote de Bolsonaro nas contas públicas - Crédito: Pedro Gontijo/Senado Federal

Nesta quinta-feira (9), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não quis comentar sobre a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central em relação à taxa básica de juros, a Selic.

"Eu vou esperar a ata, acho que a ata pode esclarecer melhor o que passou. O comunicado está muito sintético", declarou o ministro Fernando Haddad em entrevista a jornalistas na chegada ao Ministério da Fazenda.

Na quarta-feira (8), o Comitê reduziu a taxa em 0,25 p.p., uma desaceleração frente aos cortes anteriores de 0,50 p.p. A Selic passou de 10,75% para 10,50% ao ano. 

 

Divisão no BC

A decisão não foi unânime. Os quatro diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva votaram por um corte maior nos juros, de 0,50 ponto percentual, para 10,25% ao ano.

Os indicados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) votaram por uma redução de 0,50 ponto percentual. Sendo estes: Ailton de Aquino Santos; Gabriel Muricca Galípolo; Paulo Picchetti e Rodrigo Alves Teixeira. 

Votaram pela redução de 0,25 ponto percentual: Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente); Carolina de Assis Barros; Diogo Abry Guillen; Otávio Ribeiro Damaso e Renato Dias de Brito Gomes.

Questionado sobre esta divisão e se o movimento não poderia deixar o mercado financeiro mais "nervoso" nesta quinta-feira, Haddad não respondeu diretamente à pergunta.