quinta, 16 de maio de 2024
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Conheça as stablecoins mais usadas no Brasil

Também conhecidas como moedas estáveis, stablecoins são um tipo de criptomoeda, cujo valor está atrelado ao preço de ativos como dólar, euro e, até mesmo, o ouro

30 novembro 2023 - 16h20Por Redação SpaceMoney

[Por Gabriel Alves, VP de Produto da Bitso]

 

As stablecoins, também chamadas de moedas estáveis, são um tipo de criptomoeda, cujo valor está atrelado ao preço de ativos como dólar, euro e, até mesmo, o ouro.

Estes ativos se dividem em três categorias: a primeira engloba as que são respaldadas por moedas oficiais, com o valor equivalente ao dólar e ao euro.

Na segunda se encontram aquelas que estão ligadas a outras criptomoedas, como a DAI que utiliza outros criptoativos como respaldo para garantir que seu preço se aproxime ao USD.

E, por último, estão as pareadas por outros bens, como a PAX Gold que representa um grama de ouro físico. 

 

Em 2014, foi criada a primeira stablecoin: o USD Tether, com o propósito de combinar as vantagens de uma criptomoeda com a maior estabilidade.

Desde então, têm surgido diversos projetos deste tipo, cada um com sua metodologia única, mas sempre mantendo a premissa de preservar um valor estável, se tornando uma alternativa para quem deseja proteger seu dinheiro dos efeitos da inflação e quer começar a operar com ativos digitais com facilidade, rapidez e menor volatilidade. 

Durante este último ano na Bitso, notamos um aumento na aquisição de stablecoins vinculadas a moedas fiduciárias. Essa característica as torna mais estáveis em valor e amplia a viabilidade de sua utilização como forma de pagamento.

Só em 2022, o uso desses 'dólares digitais' no Brasil cresceu 85% na Bitso. Democratizar o acesso a uma variedade de serviços nacionais e internacionais, anteriormente limitados por barreiras de entrada, é uma das demonstrações de como é fácil adquirir e utilizar esse tipo de ativo.

Em janeiro de 2023, as stablecoins alcançaram 12,9% em capitalização total do mercado mundial de cripto e 80% dos usuários possuem USDT. Para o final deste ano, estima-se que haverá cerca de 99 tipos de stablecoins em circulação. O Brasil ocupa o segundo lugar na adoção de criptomoedas na América Latina.

 

Segundo a Receita Federal, as opções mais utilizadas pelos brasileiros são: 


Tether USD (USDT): Tether USD é uma das stablecoins mais difundidas no mercado de criptografia. Seu preço está vinculado ao dólar americano em uma relação de um para um. 


USD Stablecoin (USDC): Essa moeda estável, também conhecida como dólar digital, está vinculada ao valor do dólar americano.


BRZ: É a maior stablecoin pareada a uma moeda nacional na América Latina.

 

A crescente dominação das stablecoins em movimentações com criptoativos no Brasil, revela que o ambiente financeiro está se tornando cada vez mais digital e globalizado.

Essa mudança de tendência sugere que os investidores brasileiros veem nas moedas digitais uma ferramenta para enfrentar a depreciação da moeda local, aproveitando, ao mesmo tempo, as oportunidades oferecidas pelo ecossistema de criptomoedas.

Essa evolução reflete uma transformação substancial na forma em que os brasileiros se relacionam com o sistema financeiro e eliminam barreiras de acesso a dinâmicas globais. 

 

¹ Be In Crypto (2023)
² Coingecko (2023)
³ Chain Analysis (2023)
Receita Federal (2023)
Panorama Crypto (2021)