MST ocupa terrenos da Suzano (SUZB3), na Bahia (BA) - Crédito: Coletivo de Comunicação do MST na Bahia (BA)Ontem (15), a Suzano (SUZB3) anunciou a seus clientes na Ásia mais um aumento de preços, o segundo do ano, válido para julho. Estimativas de analistas indicam que os preços praticados pela empresa devem ficar em cerca de US$ 510,00 a tonelada, de acordo com o jornal Valor.
De acordo com o Bradesco BBI, a segunda rodada de aumentos ficou dentro das expectativas.
Analistas comentam que, ao olharmos para frente, não veem catalisadores positivos relevantes para que os preços da celulose continuem a operar, quando considerados:
- - i) nova capacidade chega ao mercado no 2S23 e ao longo de 2024;
- - ii) demanda fraca do usuário final em principais mercados,
- - iii) produtores e estoques portuários acima do normal,
- - iv) o movimento de reabastecimento pode perder força na China, como os estoques foram, pelo menos, parcialmente recompostos; e
- - v) se os preços da celulose ultrapassarem US$ 530 por tonelada, os produtores integrados de celulose que reduziram a produção interna de celulose devem retomar a produção.
Além disso, analistas notam que a valorização recente do real deve pesar ainda mais sobre o dinamismo dos lucros da Suzano, enquanto veem a avaliação como exigente.
De fato, se supormos que os preços da celulose permaneçam nos US$ 530 por tonelada anunciados até o AE24 e FX a 4,80, a Suzano negociaria a 9,0x EV/EBITDA 2024.
Se o real valorizar ainda mais para R$ 4,50, por exemplo, a Suzano seria negociada a 9,8x EV/EBITDA 2024.
Nesse sentido, analistas reiteraram sua classificação underperform para as ações de Suzano (SUZB3), com preço-alvo de R$ 54,00.