quarta, 15 de maio de 2024
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Santander (SANB11): BB Investimentos eleva recomendação e preço-alvo

Em geral, a plataforma anotou números do terceiro trimestre que considera positivos

29 outubro 2023 - 12h00Por Lucas de Andrade

O BB Investimentos revisou o preço-alvo de Santander (SANB11) a R$ 33,80 para o final de 2024, com a recomendação elevada a compra (de neutra, anteriormente).

Analistas justificam a alteração "pela confiança transmitida pela inflexão dos índices de qualidade de crédito, pela descompressão, ainda que tímida da tesouraria, e pelos indícios de maior ímpeto de crescimento de carteira nos períodos à frente".

"Guardamos receio, no entanto, com a fraqueza da margem financeira que ainda pesa, mas acreditamos que veremos melhoras sequenciais ao longo do ciclo de queda da Selic em andamento", destacou o analista Rafael Reis.

Em geral, a casa anotou números que considera positivos. 

"O resultado marcou, em nossa leitura, um ponto de inflexão no quesito qualidade de crédito, que deve ser um gatilho para melhorias sequenciais, apesar de diversas linhas ainda evidenciarem momento desafiador", ressalta.

A margem financeira ainda se encontra pressionada, em recuo no trimestre, fruto de um mix mais conservador construído sobre a carteira de crédito nos últimos anos, enquanto a tesouraria mostrou ligeira melhora, mas ainda contribui negativamente para o resultado.

Apesar do tom mais otimista em geral, a margem financeira fraca e nível de despesas com provisões ainda elevado, bem como despesas pessoais e administrativas que crescem organicamente, empurram o lucro antes dos impostos para um nível bastante aquém dos melhores períodos do Santander.

Por fim, o BB Investimentos ainda vê uma alíquota de imposto negativa, o que desfavorece a leitura, especialmente do ROE.

Apesar de ainda pressionado, o Santander parece que tem deixado para trás o momento mais desafiador do ciclo de alta de Selic no período pós-pandemia.

"Ainda que sinais de vitalidade como crescimento de carteira e margem financeira estejam longe de estelares, acreditamos que a inflexão nos índices de inadimplência conjugada com o ciclo de afrouxo monetário em andamento deve devolver o apetite por crescimento e por um mix mais rentável de crédito ao banco", comentou.