FIIs: desaceleração na inflação beneficia setor e fundos imobiliários mostram retorno de até 15%

Novas regras do CMN impactam mercado de CRIs e CRAs, trazendo mudanças e restrições significativas - Crédito: Unsplash

A prévia da inflação ficou em 0,21% em abril, uma desaceleração frente a março (0,36%), segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado na última sexta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O consenso do mercado financeiro projetava uma inflação de 0,29% no mês. Nos últimos doze meses, a variação do IPCA-15 foi de 3,77%, abaixo dos 4,14% observados nos doze meses imediatamente anteriores. 

O movimento de desaceleração beneficia os Fundos de Investimentos Imobiliários (FIIs), com redução dos custos operacionais e de financiamento, estabilidade nos valores dos ativos imobiliários, valorização dos imóveis e aumento da demanda, segundo a Cy Capital. 

Os dados de inflação, quando mostram recuo, corroboram com o ritmo de cortes da taxa básica de juros (Selic) seguido pelo Banco Central. Danny Gampel, sócio e head de crédito da Cy Capital, explica que o mercado imobiliário é inversamente proporcional à taxa de juros, o que significa que toda vez que a taxa estiver alta, o mercado estará menos aquecido.

Neste sentido, observando a queda na Selic, o setor tem mostrado melhorias, dado o interesse de investidores, que agora migra de ativos de renda fixa para os FIIs. Outro destaque do segmento, segundo Gampel, é que os FIIs são isentos de Imposto de Renda (IR).

Dentro dos CRIs (Certificado de Recebíveis Imobiliários), ele destaca que os investidores devem prestar atenção na capacidade de crédito da empresa ou incorporadora. Além de analisar se existem recebíveis de compra e venda, aluguel frequente, um bom balanço, entre outras métricas financeiras. 

Bruno Ackermann, sócio e head de logística da Cy Capital, afirma que todos os setores se beneficiam da queda da taxa de juros, com destaque para aqueles ligados ao consumo, como shoppings e logística. 

Alguns FIIs registram taxas de retorno de dividend yield (retorno) acima dos dois dígitos em doze meses. Confira:

Fonte: FundsExplorer, com base na data de 02/05