Petrobras (PETR3)(PETR4): FUP defende negociações para retomada da RLAM

Fachada Petrobras no Rio de Janeiro - Crédito: Reuters

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) considerou acertada a decisão da nova diretoria da Petrobras (PETR3, PETR4) de ampliar a capacidade de refino no Brasil, principalmente de diesel, via expansão de plantas existentes e a instalação de novas unidades de coprocessamento de óleo vegetal com diesel verde. 

O movimento vai de encontro com a promessa de campanha do governo Lula e contribui para o processo de transição energética. A estratégia de aumentar a produção nacional de combustíveis faz parte da revisão em curso do plano de negócios e gestão da Petrobras para o período 2023/2027.

A FUP entende, porém, que o processo de crescimento da capacidade de refino da estatal passa pela reintrodução da Refinaria Landulpho Alves (Rlam) aos ativos da estatal, que voltaria a ter o controle da refinaria baiana. 

Proposta nesse sentido foi previamente apresentada pela FUP à comitiva do presidente Lula que esteve nos Emirados Árabes Unidos, neste final de semana, e que se reuniu com representantes do governo e do fundo árabe Mubadala Capital, que comprou a Rlam, atual refinaria de Mataripe, na Bahia, em novembro de 2021, por menos da metade de seu valor de mercado.

Conforme a sugestão da Federação, a retomada da Rlam pela Petrobras seria objeto de negociações diplomáticas, para se estabelecer possíveis parcerias entre a Acelen (empresa que opera a Rlam) e a companhia. 

O fundo Mubadala demonstra interesse em adquirir outros ativos no Brasil, entre eles a Braskem, onde a estatal poderia conduzir um processo de negociação de ações junto à ex-Odebrecht e hoje Novonor, em troca do controle da refinaria baiana pela estatal.