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Finanças comportamentais

Rodrigo Wiethorn

Especialista em comportamento do consumidor e marketing digital.

O que o modelo AIDA tem a nos dizer sobre o comportamento do investidor?

Estratégias persuasivas do marketing aparecem, e muito, no dia a dia de quem investe

01 fevereiro 2022 - 15h27
O que o modelo AIDA tem a nos dizer sobre o comportamento do investidor?

São vários os modelos de marketing que podemos emprestar para entender o comportamento do investidor. Isso porque, no fim, lidamos com pessoas de todo jeito!

Seja entendendo como funciona uma tomada de decisão ou como gatilhos mentais podem nos influenciar, é fato que as estratégias persuasivas do marketing aparecem, e muito, no dia a dia de quem investe. Entre elas, o AIDA é um dos modelos que mais nos chama a atenção.

Por ser um framework que pode ser empregado em quase qualquer estratégia de persuasão, o AIDA é uma ferramenta e tanto para não apenas convencer os outros, mas para não se deixar levar por falsas promessas.

Assim, vamos descobrir como esse modelo pode contribuir ou atrapalhar na hora de investir!

O que é o modelo AIDA?

O AIDA é um modelo de persuasão que vai se utilizar das emoções humanas para convencer alguém a fazer algo. Como dissemos, essa é uma estratégia que emprestamos do mundo do marketing, no qual ela serve para atrair e converter clientes.

Entretanto, no mundo dos investimentos ela vai funcionar com propósitos diferentes que em breve iremos te explicar em detalhes.

Por enquanto, precisamos entender um pouco melhor o que essa sigla significa!

Formada pelas palavras Atenção, Interesse, Desejo e Ação, o AIDA é um caminho, quase que em linha reta, capaz de levar uma pessoa de um ponto A a um ponto B de forma totalmente guiada.

Isso, na prática, significa que diariamente estamos em contato com esse modelo, o qual consegue nos convencer facilmente, evocando os três primeiros sentimentos que o formam a fim de influenciarem uma ação.

Quem nunca comprou algo que não precisava porque a propaganda era tão boa que nos conquistou? O que foi empregado aqui é o modelo AIDA. Agora imagine o quão vantajoso ele pode ser no ramo dos investimentos.

Não apenas de números se investe, mas é preciso entender também as pessoas por trás e como elas funcionam. Assim, vamos ver o modelo AINDA nesse contexto.

Como o modelo AIDA influencia meus investimentos?

Não é a primeira vez que falamos aqui sobre compreender como o comportamento das pessoas pode fazer a diferença em seus investimentos. Estamos sempre sujeitos ao erro, e o modelo AIDA pode nos empurrar para isso se não tomarmos cuidado. 

Isso porque ele funciona como um clickbait de um site de fofocas, nos atraindo com uma proposta muito tentadora a fim de apenas nos fazer realizar uma ação. 

Comece a reparar no seu dia a dia de investidor e perceba quantas vezes você já não foi tentado, ou até mesmo convencido, por propostas que pareciam imperdíveis. Essa estratégia de chamar a atenção para causar interesse e posteriormente desejo é muito perigosa se não for tratada com cuidado.

Por outro lado, o AIDA não é um bicho de sete cabeças que precisa ser combatido a todo custo, afinal ele pode ser útil para você.

Assim como você pode ser influenciado por esse modelo, também pode usá-lo para influenciar os outros. E isso é mais fácil do que se pensa, basta encontrar um ponto de interesse e evocar os sentimentos que mostramos no tópico anterior. As chances da ação final ser exatamente o que queria são enormes.

Mas se quiser fugir disso, é preciso conhecer bem o modelo AIDA, para que ele não consiga se disfarçar aos seus olhos, e analisar metricamente suas propostas, para ter certeza de que está realizando uma decisão inteligente.

Conclusão

O modelo AIDA é um dos frameworks mais fáceis de se encontrar por aí. Ele está presente desde de uma compra simples, até mesmo em uma conversa sobre “onde iremos jantar hoje”.

Conhecer bem como ele funciona é uma carta na manga indispensável para usufruir bem do comportamento do investidor.

A opinião e as informações contidas neste artigo são responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, a visão da SpaceMoney.