quinta, 02 de maio de 2024
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Ibovespa e dólar hoje: ata do Copom, IPCA-15, dados dos EUA e Christine Lagarde

Confira os principais fatores que influenciam os mercados financeiros em todo o mundo nesta terça-feira, 27 de junho

27 junho 2023 - 17h20Por Redação SpaceMoney

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Ibovespa e dólar hoje

O Ibovespa, principal índice acionário da B3, encerrou em queda de 0,61%, aos 117.523 pontos, nesta terça-feira (27). 

O dólar comercial (compra) se valorizou em 0,67%, cotado a R$ 4,79. 

 

Outros índices

BDRs: BDRX: +1,95%

FIIs: Ifix: +0,22%

Small caps: SMLL: -1,59%

 

Bolsas globais 

Ásia [Encerrados]

Nikkei 225 (Japão): -0,49%

Shanghai Composite (China): +1,23%

 

Europa [Encerrados]

DAX 30 (Alemanha): +0,26%

FTSE 100 (Reino Unido): +0,14%

CAC 40 (França): +0,43%

 

EUA [Encerrados] 

Dow Jones: +0,63%

S&P 500: +1,13%

Nasdaq 100: +1,75%

 

EWZ

O iShares MSCI Brazil ETF (EWZ) registrou queda de 1,04%, em NY.

 

 

Juros futuros (DIs)

Ativo Variação (p.) Último Preço
DI1F24 -0,045

12,97

DI1F25 -0,045

10,955

DI1F26 -0,035

10,315

DI1F28

+0,045

10,51
DI1F30

+0,05

10,75
DI1F32

+0,03

10,87

[Por volta de 15:55]

 

Commodities

O petróleo WTI para julho se desvalorizou em 2,41%, a US$ 67,70 por barril, enquanto o petróleo tipo Brent para agosto recuou 2,59%, a R$ 72,26 por barril. 

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Confira os principais fatores que influenciam os mercados financeiros em todo o mundo nesta terça-feira, 27 de junho:

 

Brasil

Política monetária - A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou a convocação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para prestar esclarecimentos sobre a política monetária e a definição da taxa básica de juros (Selic).

A Comissão acatou os requerimentos de quatro senadores para a convocação: Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), Ciro Nogueira (PP-PI), Rogerio Marinho (PL-RN) e Plínio Valério (PSDB-AM).

A data para a sessão com Campos Neto ainda não foi definida. Vale ressaltar que o presidente já foi sabatinado no Senado em abril deste ano sobre o mesmo tema.

 

Ata do Copom - Por volta de 8:00, o Banco Central (BC) divulgou a ata da última reunião do seu Comitê de Política Monetária (Copom). O colegiado reiterou a taxa básica de juros Selic em 13,75% ao ano pela sétima vez consecutiva na última quarta-feira, 21 de junho.

 

“A avaliação predominante foi de que a continuação do processo desinflacionário em curso, com consequente impacto sobre as expectativas, pode permitir acumular a confiança necessária para iniciar um processo parcimonioso de inflexão na próxima reunião.

Os membros do Comitê foram unânimes em concordar que os passos futuros da política monetária dependerão da evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, em particular as de maior prazo, de suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos.

No documento, o grupo aponta que “o ambiente externo se mantém adverso”, apesar da atenuação do estresse que envolveu bancos nos EUA e na Europa e do limitado contágio sobre as condições financeiras até o momento.

De acordo com o Copom, a situação requerer monitoramento. “Nota-se, entretanto, um aperto nos mercados de crédito nos EUA com impactos ainda incertos, mas com viés negativo para o crescimento”, pontuou o Comitê.

No âmbito doméstico, o conjunto de indicadores recentes sugere um cenário de desaceleração gradual, declarou o Copom.

“A divulgação do PIB referente ao primeiro trimestre de 2023 surpreendeu positivamente, com grande parte da contribuição de tal surpresa no desempenho da agropecuária, porém com menor dinamismo nos setores mais cíclicos da economia. O mercado de trabalho, que surpreendeu positivamente ao longo de 2022, tem apresentado certa resiliência, com aumento líquido nos postos de trabalho e relativa estabilidade na taxa de desemprego. Observou-se, entretanto, redução na taxa de participação”.

A inflação ao consumidor se reduziu no período recente, com destaque para as dinâmicas em bens industriais e alimentos, destacou a ata.

Os componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária, que apresentam maior inércia inflacionária, apresentaram uma incipiente melhora, segundo o Copom, “mas mantêm-se acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta para a inflação”.

O preço do petróleo segue aproximadamente a curva futura pelos próximos seis meses e passa a aumentar 2% ao ano posteriormente. Além disso, adota-se a hipótese de bandeira tarifária “verde” em dezembro de 2023 e de 2024.

Nesse cenário, as projeções de inflação do Copom situam-se em 5,0% para 2023 e 3,4% para 2024. As projeções para a inflação de preços administrados são de 9,0% para 2023 e 4,6% para 2024.

Em seguimento ao amplo debate e acúmulo de evidência ao longo das últimas reuniões, o Comitê optou por elevar a estimativa de taxa de juros real neutra de 4,0% a.a. para 4,5%.

O colegiado avalia que a conjuntura internacional se mostra um pouco mais benigna para o processo inflacionário no Brasil, mas o baixo grau de ociosidade do mercado de trabalho em algumas economias e a inflação corrente persistentemente elevada e disseminada no setor de serviços sugerem que pressões inflacionárias devem demorar a se dissipar.

No entanto, foram elencados alguns fatores que podem reduzir as pressões inflacionárias externas.

Dentre esses:

  • - em primeiro lugar, destaca-se a determinação dos bancos centrais com o controle da inflação, através da manutenção do aperto de condições financeiras por período mais prolongado. Tal determinação, ainda que com possível impacto sobre preços de ativos domésticos no curto prazo, aliada a uma desaceleração do crédito nas principais economias, contribui para um processo desinflacionário global mais crível e duradouro.
  • - além disso, a dinâmica recente da taxa de câmbio e do preço das commodities internacionais, ainda que com maior volatilidade, também contribui para arrefecer as pressões internacionais.

 

Na avaliação do Comitê, as expectativas de inflação seguem desancoradas das metas definidas pelo Conselho Monetário Nacional, com uma pequena diminuição da desancoragem na margem.

O Comitê diz avaliar que as expectativas desancoradas elevam o custo de trazer a inflação de volta à meta.

Ressaltou-se novamente que o comportamento das expectativas trata-se de um aspecto fundamental do processo inflacionário, uma vez que serve de guia para a definição de reajustes de preços e salários presentes e futuros

Assim, com a elevação de expectativas, há uma maior pressão para elevação de preços no período corrente e o processo inflacionário fora alimentado por essas expectativas.

Também foi ressaltado que a ancoragem de expectativas seria um elemento essencial para a estabilidade de preços.

Nesse contexto, o Comitê reforça que decisões que induzam à reancoragem das expectativas e que elevem a confiança nas metas de inflação contribuiriam para um processo desinflacionário mais célere e menos custoso, e permitem flexibilização monetária.

Permanecem desafios para o cumprimento das metas estipuladas para o resultado primário, ainda que, na discussão do Comitê, tenha se enfatizado o comprometimento e a apresentação de medidas para a consecução de tais resultados.

O Copom novamente enfatizou que não há relação mecânica entre a convergência de inflação e a aprovação do arcabouço fiscal, uma vez que a trajetória de inflação segue condicional à reação das expectativas de inflação e das condições financeiras.

 

Entre os riscos de alta para o cenário inflacionário e as expectativas de inflação, destacam-se:

  • - (i) uma maior persistência das pressões inflacionárias globais;
  • - (ii) alguma incerteza residual sobre o desenho final do arcabouço fiscal a ser aprovado pelo Congresso Nacional e, de forma mais relevante para a condução da política monetária, seus impactos sobre as expectativas para as trajetórias da dívida pública e da inflação, e sobre os ativos de risco; e
  • - (iii) uma desancoragem maior, ou mais duradoura, das expectativas de inflação para prazos mais longos. 

 

Entre os riscos de baixa, ressaltam-se:

  • - (i) uma queda adicional dos preços das commodities internacionais em moeda local, ainda que parte importante desse movimento já tenha sido verificado;
  • - (ii) uma desaceleração da atividade econômica global mais acentuada do que a projetada, em particular em função de condições adversas no sistema financeiro global; e
  • - (iii) uma desaceleração na concessão doméstica de crédito maior do que seria compatível com o atual estágio do ciclo de política monetária.

 

IPCA-15 - Às 9:00, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou dados da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15). O mercado financeiro aguarda uma forte desaceleração nos números relativos a junho.

 

A prévia da inflação de junho ficou em 0,04%, após taxa de 0,51% registrada em maio. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) divulgado nesta terça-feira, 27 de junho, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que a maior variação (0,96%) e o maior impacto (0,14 ponto percentual) vieram do grupo Habitação.

Já o grupo Transportes (-0,55%), diante da queda do preço dos combustíveis, puxou a variação para baixo.

A gasolina (-3,40%) foi o subitem com o maior impacto individual (-0,17 p.p.) no IPCA-15 de junho.

O IPCA-E, acumulado trimestral do IPCA-15, ficou em 1,12%, menor que a taxa de 3,04% registrada no mesmo período do ano passado.

Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 3,40%, abaixo dos 4,07% observados nos doze meses imediatamente anteriores. Em junho de 2022, a taxa foi de 0,69%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, seis tiveram alta em junho. E além dos Transportes, outros dois grupos registraram queda: Alimentação e bebidas (-0,51%) e Artigos de residência (-0,01%).

Acesse aos dados completos aqui.

 

Mais indicadores

Pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), investidores terão acesso a sondagem da construção e ao INCC

 

Índice de Confiança da Construção (ICST) se manteve relativamente estável em junho ao variar -0,1 ponto, para 93,9 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice variou -0,2 ponto. 

O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M)  variou 0,85% em junho, percentual superior ao apurado no mês anterior, quando o índice variara 0,40%. O INCC-M acumula alta de 2,19% no ano e de 4,29% em doze meses.

Em junho de 2022, o índice havia subido 2,81% no mês e acumulava alta de 11,75% em doze meses.

 

Já a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) reporta dados de seu IPC-Fipe semanal, que reúne dados que compõem o Índice de Preços ao Consumidor do Município de São Paulo.

Houve queda de -0,08% na terceira quadrissemana do mês de junho, após estabilidade de preços na segunda leitura de junho.

 

Plano Safra - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lança hoje acompanhado do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), e dos ministros da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD), o Plano Safra com financiamento de R$ 364,22 bilhões, aumento de 26,8% em relação ao ano anterior.

(ADVFN)

 

EUA

Nos EUA, as atenções se concentram em indicadores como os pedidos de bens duráveis, índices de confiança do consumidor, além dos números de vendas de imóveis novos e a variação de estoques de petróleo API.

 

Os pedidos de bens duráveis se expandiram 1,7% no mês passado em comparação a abril, para US$ 288,2 bilhões, de acordo com o Departamento do Comércio nesta terça-feira (27, enquanto o mercado financeiro aguardava uma queda de 1,0%.

Os dados de abril foram revisados para US$ 283,2 bilhões, alta de 1,2% em relação a março.

 

Confiança do Consumidor - O Índice de Confiança do Consumidor nos Estados Unidos registrou uma alta de 102,5 pontos em maio para 109,7 pontos em junho, de acordo com a leitura da Universidade de Michigan, divulgada nesta terça-feira (27). 

 

Europa

BCE - A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, confirmou nesta terça-feira, 27 de junho, em Sintra, Portugal, que a autoridade monetária vai voltar a subir as taxas de juros em julho - exceto se ocorrer uma alteração substancial das perspectivas de inflação.

A líder considera ser “improvável que, no futuro próximo, o banco central possa declarar que as taxas máximas foram atingidas”.

 

Ásia

China - O primeiro-ministro da China, Li Qiang, adotou um tom confiante ao falar sobre o crescimento do país e criticou o conceito de risco econômico do Ocidente ao discursar na abertura de uma reunião do Fórum Econômico Mundial conhecida como Summer Davos, na última terça-feira (27), em Tianjin.

Li disse que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da China no segundo trimestre provavelmente vai ultrapassar os primeiros três meses do ano, e que a segunda maior economia do mundo continua no caminho certo para atingir a meta de crescimento anual de cerca de 5%.

A China tem espaço e potencial para mais desenvolvimento, segundo o premiê.

(O Estado de S.Paulo)