A Vale (VALE3) registrou um lucro líquido atribuído aos acionistas de US$ 892 milhões - ou R$ 4,573 bilhões - no segundo trimestre, uma queda de 78,2% em relação a igual período de 2022 (R$ 20,22 bilhões). A cifra ainda representa uma queda de 51,4% na comparação trimestre a trimestre.
A receita líquida somou US$ 9,67 bilhões no período, queda de 13,33% na base de comparação anual.
O EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, nas operações continuadas, foi de US$ 3,874 bilhões, declínio de 26% em doze meses.
Recomendações
De acordo com a XP Investimentos, um destaque foi a divida líquida expandida, na ordem de US$ 14,9 bilhões, + US$ 0,3 bilhão no trimestre, principalmente devido a US$ 1,4 bilhão desembolsado em seu programa de recompra e fluxo de caixa livre de US$ 0,8 bilhão.
Fernanda Urbano, Guilherme Nippes e Lucas Laghi pontuaram ainda um menor fluxo de caixa livre explicado principalmente pela dinâmica negativa do capital de giro e maiores despesas relacionadas a Brumadinho.
Analistas veem múltiplos de valuation implícitos a refletir já de forma justa o prêmio nas operações de cobre e níquel da Vale, com a alienação de 13,0% da unidade de negócios básicos por US$ 3,4 bilhões.
Além disso, dado um ambiente de custos pressionado em toda a linha e expectativas mais baixas para os preços do minério de ferro no futuro próximo, a XP Investimentos reiterou sua visão neutra sobre as ações da mineradora e o preço-alvo de R$ 73,00.
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