Ganhos econômicos

Fim da escala 6x1 pode gerar economia e beneficiar trabalhadores, diz Tebet

Simone Tebet afirma que a escala 5x2 pode gerar ganhos econômicos e beneficiar empresários e trabalhadores

Fim da escala 6x1 pode gerar economia e beneficiar trabalhadores, diz Tebet

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou na quarta-feira (12) que é necessário discutir a redução da escala de trabalho 6×1. De acordo com ela, a medida pode trazer ganhos econômicos e melhorias na produtividade e qualidade de vida dos trabalhadores.

Além disso, a ministra ainda tratou assuntos como a igualdade salarial, relação com o Congresso e diplomacia com os EUA. 

O fim da escala 6×1 vai gerar economia, diz Simone Tebet

Em entrevista à jornalista Miriam Leitão, da GloboNews, Simone destacou que a adoção da escala 5×2, com dois dias de descanso, traria benefícios não apenas para os trabalhadores, mas também para os empresários.

“Não é só porque (a escala 6×1) é desumana. É porque (a escala 5×2) vai gerar economia, produtividade, qualidade no trabalho e o próprio empresário vai ganhar“, afirmou.

O debate sobre a jornada de trabalho foi levantada pela proposta de emenda à Constituição (PEC) da deputada Erika Hilton (PSOL-SP). O projeto propõe uma escala 4×3, permitindo três dias de descanso a cada quatro de trabalho.

Em fevereiro, a deputada protocolou a PEC com 234 assinaturas de deputados federais, número bem superior ao mínimo necessário para que a proposta tramite na Câmara dos Deputados. 

Igualdade salarial como impulsionador econômico

Outro ponto abordado por Simone Tebet foi a igualdade salarial entre homens e mulheres. Para a ministra, além de uma questão de justiça social, a equiparação também impulsiona a economia. 

Ela ressaltou que temas como a jornada de trabalho e a igualdade salarial precisam ser debatidos com coragem. “Isso faz parte do Brasil que queremos daqui a dois ou três anos”, afirmou.

Relação com o Congresso e economia

A ministra também abordou a relação do governo com o Congresso. De acordo com ela, o órgão não é fiscalista como o governo imaginava que poderia ser,  “Democracia é isso e temos que conduzir. Faz parte do jogo democrático”.

Sobre a economia, Simone Tebet defendeu 2026 como um momento estratégico para implementar ajustes fiscais. Ela argumenta que, após um período de altos investimentos, será necessário cortar gastos para equilibrar as contas e reduzir a inflação.

“Precisávamos recuperar a Farmácia Popular, Bolsa Família, ciência, tecnologia, educação, inovação”, explicou, 

Simone Tebet fala sobre diplomacia com os EUA

Por outro lado, em relação à política internacional, a ministra Simone Tebet defendeu uma abordagem diplomática com os Estados Unidos, mesmo diante da volta de Donald Trump à presidência.

Assim, ela enfatizou que o os EUA precisam entender que a China é o maior parceiro econômico do Brasil.

Simone Tebet também destacou a importância da integração sul-americana. De acordo com ela, há um grande potencial de mercado na América do Sul, com 200 milhões de consumidores que podem impulsionar o crescimento do Brasil e dos vizinhos.