sábado, 20 de abril de 2024
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XP retoma recomendação de Compra para Via Varejo e rebaixa Magalu para Neutro

22 julho 2020 - 12h20Por Investing.com
Por Gabriel Codas - Investing.com - A XP Investimentos divulgou na noite de terça-feira relatório retomando a recomendação de Compra para Via Varejo (SA:VVAR3), com preço-alvo em R$ 28, e rebaixando Magazine Luiza (SA:MGLU3) para Neutro, com alvo em R$ 78. Além disso, Lojas Americanas (SA:LAME4) segue como Compra e B2W com indicação Neutro, mas com elevação de preço-alvo. A corretora aproveitou o cenário atual e a alta recente das ações para atualizar a visão em relação ao futuro do e-commerce no Brasil e as recomendações para as empresas sob cobertura no setor. Os analistas destacam que as ações das principais plataformas de e-commerce sob cobertura (Magazine Luiza B2W e Via Varejo) valorizaram em média +84% no acumulado do ano. Para eles, isso foi suportado principalmente pela aceleração de crescimento de vendas online (GMV), já que algumas dessas empresas viram sua base de MAU (usuários ativos mensais) aumentar em mais de 3 vezes. Assim, a equipe espera que no cenário pós-pandemia o forte aumento do número de usuários ativos no canal online sustente a participação do comércio eletrônico em níveis estruturalmente mais elevados. A estimativa é de um crescimento médio anual entre 2019-2025 de +21% para o mercado de e-commerce do país – atingindo  aproximadamente 16% do total de vendas do varejo em 2023 (de 9,5% atualmente). A XP espera que a receita online (GMV) aumente 2,5x no período, atingindo R$ 322 bilhões em 2025. Também estima que a concentração do mercado avance ainda mais (Top 4 maiores e-commerce com participação de mercado de ~90% em 2023 vs. 68% em 2018). Via Varejo O documento mostra que a corretora acredita que as preocupações dos investidores em relação à liquidez de curto prazo da companhia tenham sido endereçadas, com a empresa tendo levantado R$ 4,4 bilhões em uma recente oferta subsequente e também tendo conseguindo manter suas vendas totais relativamente estáveis no segundo trimestre em relação ao ano anterior, apesar do fechamento das lojas. Embora reconheça que a empresa ainda tem um longo caminho a percorrer para alcançar o mesmo nível de execução no canal digital apresentado pelos seus principais concorrentes, a equipe acredita que a Via Varejo tenha reduzido várias lacunas relacionadas a atributos como desenvolvimento de tecnologia, logística e infraestrutura multicanal. No futuro, os analistas esperam que a empresa apresente um aumento médio de vendas online (GMV) de +20% ao ano entre 2020-25e, mantendo uma participação no mercado de e-commerce relativamente estável em aproximadamente 12%. Magazine Luiza O relatório aponta que o ativo se valorizou +116% desde a publicação da atualização em 29 de março de 2020. Na opinião da XP, é provável que a Magalu continue ganhando participação de mercado nos próximos anos, apoiada por vantagens competitivas importantes, como o desenvolvimento robusto de tecnologia e serviços de construção e recursos de pagamento que devem impulsionar ainda mais o crescimento de GMV – em especial no marketplace. Os analistas esperam que a empresa tenha um crescimento de vendas online (GMV) de +28% em média ao ano entre 2020-25e, atingindo 23,7% de participação de mercado (de 15% em 2019), além de aumentar as oportunidades de monetização. No entanto, têm dificuldade para justificar um potencial de valorização elevado, pois acreditam que mesmo algumas das opcionalidades de crescimento de curto prazo da empresa já estejam refletidos os níveis atuais Lojas Americanas e B2W A equipe atualizou os preços-alvo ao final de 2020 de Lojas Americanas (para R$ 44,0 de R$ 35,0) e B2W (para R$ 135,0 de R$ 105,0), mantendo as duas recomendações inalteradas. Eles revisaram as tendências operacionais de curto-prazo e atualizamos as nossas premissas de valuation. As ações LAME4 e BTOW3 (SA:BTOW3) apresentaram altas de +26%/+30% desde a última atualização em 30 de maio de 2020, em parte devido à oferta subsequente de R$ 7,9 bilhões recentemente concluída pela Lojas Americanas, que deve apoiar as iniciativas estratégicas das empresas na operação de pagamentos (AME Digital), além de permitir novas oportunidades de fusões e aquisições. Dessa forma, a corretora vê um potencial de valorização atrativo para as ações (LAME4) no futuro e ainda enxerga a operação de lojas físicas da Lojas Americanas negociando em um múltiplo P/L de 20,0x em 2021e.