Em relatório publicado nesta quarta-feira (29), de autoria da analista Betina Roxo, a XP Investimentos manteve a recomendação de compra de ações da JBS, Marfrig e BRF e divulgou uma lista de dez fatores que devem impulsionar o setor de proteínas, "um dos mais resilientes em meio à pandemia do coronavírus, uma vez que alimentos são considerados essenciais". Sobre a recomendação de compra de JBSS3, a XP diz esperar "resultados robustos" para a JBS no primeiro trimestre de 2020, "seguindo (i) cenário bastante positivo para a Seara, com exportações fortes, sobretudo para a China, beneficiadas pelo dólar mais alto, além de um mercado doméstico saudável, com volumes elevados a partir do início da quarentena; (ii) cenário robusto nos Estados Unidos, com um pouco mais de instabilidade por conta dos fechamentos de plantas diante da crise do coronavírus", além de citar outros impactos. Em relação a MRFG3, a projeção da corretora é de "resultados fortes para a Marfrig neste trimestre, sendo a empresa de maior destaque positivo, seguindo: (i) continuidade de um cenário pujante nos Estados Unidos, pouco impactado pela queda no canal de bares e restaurantes (foodservice) com o início do surto do coronavírus; (ii) aumento das exportações da América do Sul, sobretudo para a China, beneficiadas também pelo dólar mais alto. Para a BRF (BRFS3), a XP afirma esperar "resultados sólidos", que sigam "(i) mercado doméstico saudável, com crescimento tanto de volumes quanto de preços, além de uma base de comparação fraca no 1T19; (ii) mercados internacionais fortes, impulsionados pela forte demanda chinesa; (iii) mercado Halal ainda fraco, com preços e volumes praticamente estáveis na comparação anual." Em uma análise mais ampla, sobre as perspectivas do setor de proteínas, a XP listou os dez aspectos que, combinados, formam um cenário positivo: 1. Exportações brasileiras seguem muito fortes e favorecidas pelo câmbio
- 1,5 milhões de toneladas de carne brasileira no 1. tri/2020
- aumento de 11% no preço médio, para US$ 2,41
- US$ 3,6 bilhões em faturamento (+23%)