quinta, 25 de abril de 2024
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Via Varejo, GPA, e Movida divulgam balanços depois do pregão desta quarta

13 maio 2020 - 15h56Por Investing.com
Por Gabriel Codas Investing.com - Nesta terça-feira, depois do fechamento dos mercados, a temporada de balanços do primeiro trimestre terá continuidade, com a divulgação de números de empresas como Pão de Açúcar (SA:PCAR3), Sul América (SA:SULA11), Ultrapar (SA:UGPA3), Via Varejo (SA:VVAR3), Movida (SA:MOVI3), Locaweb (SA:LWSA3), Metal Leve (SA:LEVE3) e SLC Agrícola (SA:SLCE3). O mercado espera esses números com expectativa distintas, com algumas empresas podendo trazer maior impacto da crise do coronavírus do que outras. XP Investimentos avalia que as companhias de aluguel de veículos devem ter impactos ainda limitados da Covid-19 e do distanciamento social. É esperado um crescimento sólido de volumes nas operações de aluguel em geral, com impactos mais aparentes em Seminovos, com vendas reduzidas de veículos. Já para a distribuição de combustíveis, a equipe acredita que os resultados destas companhias já comecem a refletir a deterioração de demanda como efeito da pandemia, com notícias sobre quedas significativas de volumes de vendas com o início da pandemia. Os analistas, em particular, adotam cautela adicional com nomes expostos ao mercado de querosene de aviação, como Raízen. Finalmente, acreditam que não tenha ocorrido grande deterioração de margens pela queda do petróleo dado o aumento de estoques das empresas, o que implica um maior tempo para repasse de menores preços na refinaria. No caso do setor de varejo, que tem sido um dos mais impactados pela crise desencadeada pelo coronavírus, a XP espera esperamos resultados mistos para as empresas de cobertura, impactados principalmente pelo início do período de quarentena a partir da segunda quinzena de março. Empresas de consumo básico, como Pão de Açúcar, Carrefour (SA:CRFB3) e RD (SA:RADL3), são os destaques positivos para o 1T20, com aceleração de vendas decorrente de estocagem de produtos por parte dos consumidores e do aumento do consumo em casa. Confira abaixo as projeções de cada empresa. Pão de Açúcar A mediana dos analistas de mercado aponta que a rede de supermercados deve encerrar o primeiro trimestre do ano com lucro líquido de R$ 1,28 para cada ação, contra os R$ 0,31 registrados no mesmo período do ano anterior. Já nos três meses que fecharam 2019, o total foi de R$ 0,80, ante aposta de R$ 1,05. No caso das receitas, o consenso dos analistas aponta para R$ 17,15 bilhões, acima dos R$ 12,71 bilhões registrados um ano antes, quando eram erados R$ 13,176 bilhões. Já no último trimestre de 2019, o total foi de R$ 16,23 bilhões, superando os R$ 14,14 bilhões esperados. A XP Investimentos espera um resultado neutro para o trimestre, dado que as vendas já foram divulgadas. No Brasil, a receita bruta atingiu R$ 15,9 bilhões, tendo crescido 15% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (1T19), com destaque para a operação de atacarejo (Assaí). Em relação à rentabilidade, na operação brasileira a estimativa é de uma expansão de 76bp na margem EBITDA no trimestre para o Assaí, porém uma contração de 116bp A/A de margem EBITDA para a operação de Varejo. O BTG Pactual (SA:BPAC11), que tem avaliação de compra para o ativo, estima que o lucro líquido seja de R$ 145 milhões, diante de receitas totais de R$ 14,940 bilhões. Assim, o Ebitda do período deve ficar em R$ 1,033 bilhão, o que leva a uma margem de 7%. Sul América O consenso de mercado é que a companhia de seguros registre lucro líquido por ação de R$ 0,64, depois de registrar, no mesmo período do ano passado, um total de R$ 0,57. Já nos três meses que fecharam 2019, o total foi de R$ 0,40, quando eram esperados R$ 0,98 Em relação às receitas, a mediana do mercado estima um total de R$ 6,105 bilhões, diante dos R$ 5,23 bilhões de um ano atrás e dos R$ 5,76 bilhões apurados entre os meses de outubro e dezembro de 2019, acima dos 5,639 bilhões esperados. Ultrapar A mediana dos analistas de mercado aponta que a distribuidora de combustíveis deve encerrar o primeiro trimestre do ano com lucro líquido de R$ 0,16 para cada ação, contra os R$ 0,311 registrados no mesmo período do ano anterior. Já nos três meses que fecharam 2019, o total foi de R$ -0,23 ante aposta de R$ -0,24. No caso das receitas, o consenso dos analistas aponta para R$ 21,03 bilhões, acima dos R$ 20,74 bilhões registrados um ano antes. Já no último trimestre de 2019, o total foi de R$ 23,66bilhões. A XP Investimentos espera que os resultados da Ultrapar no 1T20 reflitam os efeitos negativos da pandemia do COVID-19 devido à natureza cíclica dos diferentes negócios do grupo. Em particular, a corretora destaca como potencial surpresa negativa a performance da distribuidora de combustíveis Ipiranga no trimestre, tanto do ponto de vista de volumes (queda de -2,6% no 1T20 em relação ao mesmo período no ano anterior, com base nos dados do Sindicom) como em função dos impactos negativos em estoques como resultado da queda dos preços de petróleo. Por outro lado, parte da deterioração de resultados de grupo pode ser compensada na divisão de petroquímicos Oxiteno, devido aos efeitos positivos da depreciação cambial no trimestre e da queda de preço de commodities que compõem a base de custos da subsidiária. O BTG Pactual, que tem avaliação neutra do ativo, estima que o lucro líquido seja de R$ 194 milhões, diante de receitas totais de R$ 19,299 bilhões. Assim, o Ebitda do período deve ficar em R$ 729 milhões, o que leva a uma margem de 4%. Via Varejo O consenso de mercado é que a rede varejista registre lucro líquido por ação de R$ 0,11, depois de registrar, no mesmo período do ano passado, um prejuízo total de R$ 0,03, quando eram esperadas perdas de R$ 0,02. Já nos três meses que fecharam 2019, o total foi de R$ 0,66, pior do que os R$ 0,23 negativos esperados. Em relação às receitas, a mediana do mercado estima um total de R$ 6,53 bilhões, diante dos R$ 6,33 bilhões de um ano atrás e dos R$ 7,61 bilhões apurados entre os meses de outubro e dezembro de 2019, quando eram esperados R$ 7,73 bilhões. O BTG Pactual, que tem avaliação neutra do ativo, estima que prejuízo líquido seja de R$ 98 milhões, diante de receitas totais de R$ 6,315 bilhões. Assim, o Ebitda do período deve ficar em R$ 331 milhões, o que leva a uma margem de 5%. SLC O BTG Pactual, que tem avaliação de compra do ativo, estima que o lucro líquido seja de R$ 114 milhões, diante de receitas totais de R$ 806 milhões. Assim, o Ebitda do período deve ficar em R$ 188 milhões, o que leva a uma margem de 23%. Movida O consenso de mercado é que a companhia aluguel de carros e gestão de frotas registre lucro líquido por ação de R$ 0,18, depois de registrar, no mesmo período do ano passado, um total de R$ 0,16. Já nos três meses que fecharam 2019, o total foi de R$ 0,28, diante dos R$ 0,24 esperados. Em relação às receitas, a mediana do mercado estima um total de R$ 1,03 bilhão, diante dos R$ 813 milhões de um ano atrás, e estimativa de R$ 791,93 milhões, e dos R$ 960,8 milhões apurados entre os meses de outubro e dezembro de 2019, momento que a expectativa era de R$ 989,9 milhões. A XP Investimentos espera por mais um trimestre com crescimento sequencial nos volumes de aluguel, impulsionados principalmente pelo segmento de gestão de frotas (GTF) e com reflexo limitado do surto de Covid-19. Os analistas estimam crescimento de ~30% a/a nos volumes de GTF e de ~20% a/a nos volumes de aluguel de veículos (RAC). A expectativa é que a margem de Seminovos melhorec sequencialmente (em 0,2%). O aumento na depreciação, no entanto, deverá limitar parcialmente o crescimento de lucro. O BTG Pactual, que tem avaliação de compra do ativo, estima que o lucro líquido seja de R$ 73 milhões, diante de receitas totais de R$ 830 milhões. Assim, o Ebitda do período deve ficar em R$ 192 milhões, o que leva a uma margem de 23%. Metal Leve A mediana dos analistas de mercado aponta que a empresa deve encerrar o primeiro trimestre do ano com lucro líquido de R$ 0,53 para cada ação, contra os R$ 0,0,50 registrados no mesmo período do ano anterior. Já nos três meses que fecharam 2019, o total foi de R$ 0,42 ante aposta de R$ 0,49. No caso das receitas, o consenso dos analistas aponta para R$ 615,02 milhões, acima dos R$ 623,2 milhões registrados um ano antes. Já no último trimestre de 2019, o total foi de R$ 618,45 milhões, ante estimativa de 677,77 milhões. Locaweb O consenso de mercado é que a companhia de serviços de internet registre lucro líquido por ação de R$ 0,09, depois de registrar, no mesmo período do ano passado, um total de R$ 0,06. Já nos três meses que fecharam 2019, o total foi de R$ 0,07. Em relação às receitas, a mediana do mercado estima um total de R$ 105,16 milhões, diante dos R$ 101,9 milhões de um ano atrás e dos R$ 105 milhões apurados entre os meses de outubro e dezembro de 2019.