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Vendas de imóveis em SP crescem 41% em abril; lançamentos aumentam em 161% e indicam recuperação

10 junho 2019 - 09h42Por Angelo Pavini
O mercado imobiliário na cidade de São Paulo dá sinais de recuperação, com retomada das vendas e forte crescimento dos lançamentos. Em abril, foram vendidos 2.541 imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo, segundo a Pesquisa do Mercado Imobiliário do Secovi-SP. O resultado foi 14,9% inferior ao total de março (2.987 unidades) e 41,0% superior às vendas de abril de 2018 (1.802 unidades). No acumulado de 12 meses (de maio de 2018 a abril de 2019), foram vendidas 31.700 unidades, um aumento de 16,0% em relação ao mesmo período entre 2017 e 2018, quando as vendas totalizaram 27.319 unidades. Lançamentos crescem 161% no mês Já os lançamentos, de acordo com dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), totalizaram 3.136 unidades residenciais na Capital, volume 50,7% superior ao mês de março de 2019 (2.081 unidades) e 161,1% acima do apurado em abril de 2018 (1.201 unidades). De maio de 2018 a abril de 2019, os lançamentos somaram 39.641 unidades, 25,4% acima das 31.619 unidades lançadas no mesmo período do ano anterior. O destaque de abril ficou com os imóveis de 2 dormitórios, que lideraram em quase todos os indicadores, registrando maior volume de vendas (1.602 unidades), lançamentos (1.866 unidades), imóveis ofertados (13.048 unidades) e maior VGV (R$ 472,9 milhões). Imóveis econômicos No segmento econômico, foram vendidas 887 unidades e 1.525 unidades lançadas no mês. A oferta totalizou 6.426 unidades disponíveis para venda e o índice de Vendas Sobre Oferta (VSO) foi de 12,1%. Nos outros segmentos de mercado, a pesquisa identificou 1.654 unidades vendidas, 1.611 unidades lançadas, oferta final de 14.724 unidades e VSO de 10,1%. Tendência de recuperação continua Segundo o Secovi-SP, desde fevereiro, a Pesquisa do Mercado Imobiliário vem apresentando números de vendas e lançamentos superiores aos registrados no ano passado, quando comparados os dados mensais. Tal comportamento demonstra que, apesar das dificuldades da economia, os negócios imobiliários continuam sendo realizados, diz o Sindicato. A queda de abril em relação a março pode ser explicada porque o terceiro mês do ano foi um dos melhores dos últimos seis anos, explica o Secovi-SP. Os demais números mostram a forte recuperação, como o de lançamentos, que cresceram 50,7%, especialmente no segmento econômico. O comportamento reflete o bom momento do segmento econômico, mas desperta preocupação por parte das empresas em relação ao futuro dos programas habitacionais do governo, bem como aos recursos disponíveis para financiar a demanda, afirma Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP. “Os ajustes ao Minha Casa, Minha Vida são fundamentais, para a sobrevivência desse segmento, que, no ano passado, respondeu por parcela significativa do mercado”, disse. Falta de terrenos e Lei de Zoneamento Além disso, apesar dos resultados positivos no ano, a escassez de terrenos que possibilitem a incorporação imobiliária na cidade de São Paulo, devido à falta de calibragem da Lei de Zoneamento, continua a preocupar os empreendedores. “Nunca é demais lembrar que nossa atividade é de longo prazo. Da aquisição do terreno até o lançamento, o ciclo de uma incorporação demora anos e qualquer gargalo em alguma etapa do processo pode comprometer a oferta futura de imóveis”, reitera Emilio Kallas, vice-presidente de Incorporação e Terrenos Urbanos da entidade. Para o presidente em exercício do Secovi-SP, Caio Portugal, é importante que as autoridades públicas olhem para o setor com uma visão mais ampla. “Além de oferecer moradias, por meio de suas diversas atividades, o setor contribui para o planejamento das cidades e estimula o desenvolvimento econômico e social, à medida que aciona uma extensa cadeia produtiva, gera empregos, diretos e indiretos, renda e tributos.” Portugal reforça ainda a necessidade urgente de aprovação da reforma da Previdência, a fim de que o País consiga equilibrar as contas públicas, atrair mais investimentos e retomar o rumo do crescimento econômico sustentável.
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