sexta, 29 de março de 2024
fundos de investimento

Uma introdução aos fundos de investimento — Parte 2

22 outubro 2020 - 18h00Por Francis Wagner

Com o objetivo de complementar a Parte 1 feita no artigo anterior, incluímos mais algumas particularidades sobre os fundos de investimento, para auxiliar você na escolha ou até mesmo nos estudos sobre essa modalidade tão importante nos investimentos.

Então acompanhe todo artigo e analise qual vai mais de acordo com seu perfil de investidor, lembrando que cada fundo tem suas características, podendo envolver mais ou menos riscos, é sempre uma balança, quanto maior a rentabilidade esperada, maior o risco do fundo e vice-versa.

Fundos Exclusivos

Os fundos exclusivos possuem as mesmas características de um fundo “normal”, mas tem o nome exclusivos, pois é destinado a apenas um investidor ou um grupo restrito de cotistas.

Para investir neste fundo, é preciso ser investidor profissional, ou seja, um investidor que ateste e tenha mais de R$10 milhões de reais investidos.

É o único fundo com marcação a mercado facultativa, já que o fundo terá a presença de apenas um único cotista.

Como para ter um fundo exclusivo há um elevado custo, é direcionado para investidores de alta renda 

Fundos de Investimento em Cotas (FIC)

O FIC, é um fundo que basicamente compra cotas de outros fundos, é uma aplicação para investidores que buscam diversificar o portfólio, possibilitando investimentos em diversos produtos sem a necessidade de comprá-los separadamente.

Para o fundo ser considerado um FIC, é preciso destinar 95% do patrimônio do fundo para cotas em outros fundos de mesma classe.

Fundos Multimercados

Os Fundos Multimercados acabam sendo boas alternativas para quem visa diversificar o portfólio, pois a peculiaridade desse fundo é investir em diferentes fatores de risco, sem a obrigação de concentração em determinado ativo.

Portanto o gestor do fundo, pode utilizar diversas estratégias, até mesmo de alavancagem.

Os multimercados podem aplicar em diferentes mercados (renda fixa, ações, câmbio, entre outros), além de poder usar derivativos tanto para proteção ou alavancagem da carteira.

Nesse fundo pode haver a cobrança da taxa de performance.

Fundos de ações

O fundo de ações permite alternativas para investir na renda variável, mais precisamente na bolsa de valores sem adquirir diretamente ações das empresas e com um gestor especialista administrando essa carteira.

Acaba sendo a porta de entrada para muitos investidores que querem adentrar no mercado acionário, mas que não possuem tanto conhecimento.

Para ser um fundo de ações, é preciso destinar 67% do patrimônio no mercado de renda variável (ações, ADR, BDR, entre outros).

O diferencial desse fundo é na cobrança de I.R, que serão tributados apenas no resgate da aplicação em 15% sobre o lucro. E também a isenção de IOF.

Fundos Cambiais

Os Fundos Cambiais é um tipo de fundo de investimento que aplica, no mínimo 80% da sua carteira em ativos relacionados a moedas estrangeiras, as mais comuns são em dólar e euro.

É importante dizer que nesse fundo é permitido o uso de derivativos, mas apenas como proteção da carteira (hedge).

É um fundo que tem como principal fator a diversificação ou até mesmo a proteção da carteira contra possíveis variações cambiais.

Fundos Imobiliários

Há diversos tipos de fundos imobiliários, como de tijolo (Hospitais, Faculdades, Agências bancárias, Galpões, etc...), de papel (LCI, CRI, Títulos de recebíveis, etc...), entre outros fundos.

De modo geral, os fundos imobiliários são obrigatoriamente fechados, ou seja, não permitem a entrada e a saída de investidores, tendo que negociar essas cotas no mercado secundário.

Um ponto interessante, é que os fundos imobiliários são conhecidos por pagarem dividendos, pelo fato de terem que distribuir 95% do seu lucro para os acionistas.

Com relação a tributação de um FII, são isentos somente os dividendos distribuídos, caso faça a venda de uma cota com lucro, independente do valor, será tributado 20% e esse pagamento precisará ser feito via DARF, pelo próprio investidor.

Caso você queira investir em FII na prática, recomendamos nosso curso completo, que está disponível em nossa plataforma, clicando aqui.

Fundos Offshore

Os Fundos Offshore tem como principal característica a sede localizada no Exterior, mas o gestor pode se estabelecer no Brasil.

A vantagem nesse caso, é conseguir investir daqui do Brasil, em ativos estrangeiros, possibilitando uma maior diversificação no portfólio, descorrelacionado de alguns riscos do Brasil.

Por outro lado, a desvantagem é estar ligada à variação cambial, podendo trazer mais volatilidades no retorno e também as taxas de administração e performance são mais elevadas.

Fundos de Investimento em Participações

Há diferentes tipos de Fundos de Investimento em Participações (FIP), como o próprio nome diz, os recursos destinados a esses fundos são para investir em participações ativas em empresas.

O FIP investe mais precisamente em debêntures, ações, bônus de subscrição, entre outros títulos conversíveis em ações de empresas.

Desta forma, o FIP é utilizado para investir em Private Equity, ou melhor, empresas fechadas que ainda estão em fase de crescimento e que ainda não possuem uma solidez. Por conta desse detalhe, os ativos possuem riscos maiores, pois as empresas não são de capital aberto (não são negociadas no mercado) e a liquidez também é menor, se comparada a ações ou até mesmo outros fundos tradicionais.

E você, investe em algum desses fundos? Ou até melhor, tirou suas dúvidas sobre algum fundo que estava de olho?

Nós do App Renda Fixa ficamos à disposição para ajudá-los da melhor forma, e fazer o dinheiro de fato TRABALHAR!

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