quinta, 25 de abril de 2024
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Magazine Luiza (MGLU3) derrete quase 10%. O que Ativa e Guide pensam sobre a ação?

Varejista trouxe números acima do esperado e que indicam uma melhora considerável na sua operação, dizem analistas

17 maio 2022 - 15h46Por Investing.com

Por Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com - As ações da Magazine Luiza (MGLU3) despencam nesta tarde, após a empresa divulgar o seu balanço do primeiro trimestre. Porém, para analistas, a varejista trouxe números acima do esperado e que indicam uma melhora considerável na sua operação.

Às 15h22, as ações da Magalu recuavam 9,66%, a R$ 4,02.

“A Magazine Luiza reportou vendas e margens superiores ao esperado”, afirma Lívia Rodrigues, analista de Research da Ativa Investimentos.

A receita líquida da varejista cresceu 6,2% na comparação anual, impulsionada pelo crescimento de 16,2% no GMV digital, com o avanço de 49,9% no marketplace.

A margem bruta ficou em 27,8%, com o maior repasse da inflação e o aumento da receita de serviços, segundo Rodrigues.

“Já a margem Ebitda foi de 5%, beneficiada pela otimização de despesas, enquanto a margem líquida foi prejudicada pelo aumento das despesas financeiras, ficando 0,8 p.p abaixo do esperado”, complementa a analista da Ativa.

“A gente já pode ver claros sinais de melhora na Magazine Luiza”, defende Rodrigo Crespi, analista da Guide Investimentos.

Para o especialista, a melhora na margem foi mais acelerada do que o esperado e isso indica uma maior capacidade no repasse de custos causados pela inflação.

Apesar da maior competição no setor, especialmente de players internacionais, houve uma aumento na participação de mercado da Magalu, devido à maior quantidade de usuários ativos no app, destaca o analista da Guide. 

Por outro lado, Crespi aponta a queima de caixa como um elemento negativo no trimestre da varejista, por conta dos fornecedores, o que deve ser normalizado nos próximos meses, e dos investimentos e financiamentos que consumiram mais caixa do que o esperado.

Ainda assim, a Magalu tem um caixa líquido de R$ 1,6 bilhão, o que é considerado robusto por Crespi, sendo que ao antecipar recebíveis, o caixa líquido ficaria em R$ 8,5 bilhões.

O cenário de médio prazo ainda tende a ser desafiado para os e-commerces, mas Crespi aponta que a Guide mantém a sua recomendação de compra sobre as ações da empresa.