quinta, 25 de abril de 2024
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Banco Inter (BIDI11) salta 3% após balanço positivo; o que Nord e Suno acharam dos resultados?

Para os analistas consultados, o banco trouxe um bom resultado em meio às adversidades macroeconômicas e aponta para um caminho interessante nos próximos trimestres

17 maio 2022 - 16h30Por Investing.com

Por Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com - O Banco Inter  (SA:BIDI11) apresentou um primeiro trimestre com crescimento expressivo na base de clientes e melhora nas suas receitas. Para os analistas consultados, o banco trouxe um bom resultado em meio às adversidades macroeconômicas e aponta para um caminho interessante nos próximos trimestres. 

Às 16:13, as ações do Inter subiam 3,18%, a R$ 15,92.

“O Inter deverá superar a marca de 20 milhões de clientes em um curto espaço de tempo, porém o grande desafio do banco segue residindo em como monetizar esta base”, comenta João Daronco, analista da Suno Research

Rafael Ragazi, sócio e analista da Nord Research também destaca que esse foi um trimestre recorde para o Inter na captação de novos clientes e que o objetivo da empresa é chegar aos 24 milhões de clientes até o fim do ano, mas que nas suas estimativas, o banco poderia chegar aos 25 milhões se mantiver o ritmo.

A receita cresceu mais de 130%, para R$ 1,2 bilhões. “Hoje, quase metade da receita do Inter vem de serviços, o que é bom, porque lá na frente isso significará um retorno sobre capital muito maior”, diz Ragazi. 

O especialista da Nord ainda complementa: “Metade da base da empresa chegou nos últimos 12 meses, o que quer dizer que à medida que a base vai amadurecendo, a receita média por cliente ativo vai subindo e essa tendência tende a acelerar”.

“O banco apresentou um aumento na inadimplência, que passou de 2,8% no 4T21 para 3,3%, no 1T22. Cabe salientar também o aumento da taxa de inadimplência para a carteira de cartão de crédito, que passou de 5,2% para 6,6%”, destaca Daronco.

Ainda sobre a carteira de crédito, Rafael Ragazi, sócio e analista da Nord Research, afirma que “quase 73% da carteira é colaterizada, o que é muito bom do ponto de vista de controle de risco”. 

Para Ragazi, 2022 será um ano de inflexão para o Inter, que possui a sua estrutura de custo controlada e está crescendo de forma acelerada. Além disso, a empresa deve se beneficiar da alavancagem operacional, o que indica lucros crescentes a partir do próximo ano.

O especialista da Nord também aponta que a migração da base acionária do Inter para o Estados Unidos deve ajudar no crescimento da companhia, pois a nova estrutura de capital terá um espaço para captações adicionais de até US$ 14 bilhões.