sexta, 03 de maio de 2024
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Hapvida (HAPV3): XP reitera compra mesmo com desvalorização da ação; entenda porquê

Empresa foi acusada de recusar cumprir liminares judiciais e papéis chegaram a cair 7% após notícia

22 janeiro 2024 - 11h13Por José Chacon
HapvidaHapvida - Crédito: Divulgação

A Hapvida (HAPV3) pode ser investigada por se recusar a cumprir liminares judiciais, segundo publicou na última quinta-feira (18), o jornal O Estado de S.Paulo

Diante dessa notícia, o mercado reagiu negativamente e as ações da empresa caíram 7% (equivalente a R$ 2,4 bilhões de valor de mercado) no mesmo dia.

De acordo com as demonstrações financeiras da Hapvida, os processos cíveis com risco provável ou possível somam R$ 2,3 bilhões, dos quais R$ 1 bilhão está diretamente relacionado aos beneficiários. 

Em resposta à solicitação de esclarecimento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Hapvida afirmou desconhecer “qualquer política ou diretriz para o descumprimento sistemático ou ordenado de decisões judiciais”.

E continuou “enquanto agente do setor de saúde, a companhia exerce o seu natural direito de defesa, dentro dos limites e regras processuais previstas”. A operadora afirmou seguir “rigorosamente as normas contábeis aplicáveis, publicamente disponíveis em suas demonstrações financeiras”.

Em seus documentos, a empresa afirma que todos os processos classificados como de risco provável de perda foram totalmente provisionados, enquanto nenhuma provisão é feita em caso de risco possível de perda.

Nesse sentido, de acordo com os números da empresa, há R$ 1,8 bilhão de processos cíveis não provisionados, dos quais R$ 816 milhões envolvem diretamente os beneficiários (ou R$ 2,3 bilhões e R$ 1 bilhão no total respectivamente).

Este último valor representa um terço da perda total de valor de mercado no pregão de quinta-feira (ou 42% considerando o valor total), o que nos leva a supor que a queda foi exagerada.

A XP Investimentos destaca a relativamente baixa relação entre os processos relacionados a clientes e a receita líquida de 12 milhões desde o segundo trimestre de 2022, variando entre 2,5% e 3,7%.

"Os números apresentados nos documentos da empresa são baseados em estimativas, e outros processos podem surgir, eventualmente impactando os resultados da empresa. No entanto, assumimos que os dados financeiros representam corretamente a situação da empresa", comenta a casa.

Para a XP, a queda é considerada como incompatível com a perda potencial e, por isso, a casa reitera sua recomendação de compra para a ação em meio a essa desvalorização. O preço-alvo projetado para o papel é de R$ 5,70, com uma potencial valorização de 41,8% sobre o preço atual, de R$ 4,00

Tags: hapvida, HPAV3, XP