segunda, 13 de maio de 2024
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GPA (PCAR3): XP eleva preço-alvo, mas pontua 4 fatores de atenção

De acordo com os analistas, o spin-off referente à operação com o Éxito parece estar em grande parte precificado

11 junho 2023 - 14h00Por Lucas de Andrade

Em relatório publicado na terça-feira (6), a XP Investimentos reiterou sua recomendação neutra para as ações de Grupo Pão de Açúcar (GPA)(PCAR3), com preço-alvo de R$ 20,00 (de R$ 19,00, anteriormente).

De acordo com os analistas, o spin-off referente à operação com o Éxito parece estar em grande parte precificado (15% de potencial de valorização), enquanto veem riscos de liquidez para as BDRs do grupo colombiano.

O GPA depende do seu plano de desinvestimentos para reduzir a alavancagem para um nível sustentável com riscos de liquidez em relação às ações do Éxito após a transação, afirmaram Danniela Eiger, Gustavo Senday e Thiago Suedt.

A alavancagem deve permanecer acima de 3x dívida líquida/EBITDA, e o plano de desinvestimentos de R$ 2,30 bilhões desponta como um ponto importante para reduzir essa relação para cerca de 1,5x até o fim de 2024.

Eiger, Senday e Suedt não assumem até então que o plano de desinvestimentos seja totalmente entregue, dado que veem riscos de mercado e liquidez em relação à venda da sua operação de postos de gasolina e da participação remanescente no Grupo Éxito.

No entanto, se a empresa conseguir cumprir seu plano de desinvestimentos, isso poderia adicionar até R$ 5,00 por ação no preço-alvo que a XP Investimentos estipula.

A recomendação neutra foi reiterada devido a:

  • - i) potencial de valorização limitado;
  • - ii) riscos de liquidez para os acionistas das BDRs do Éxito após a transação;
  • - iii) riscos de execução em relação ao plano de desinvestimentos do GPA; e
  • - iv) um cenário competitivo mais acirrado para a operação no Brasil, o que poderia reduzir os níveis de rentabilidade normalizados de forma geral. 

 

No entanto, acreditam Eiger, Senday e Suedt que as recentes mudanças de rota da companhia estão na direção certa e devem gerar resultados nos próximos trimestres por meio de uma dinâmica mais favorável de receita e rentabilidade.