A CSN (CSNA3) registrou um lucro líquido de R$ 283,0 milhões no segundo trimestre deste ano, um declínio de 23,0% em relação ao registrado um ano atrás (R$ 369,0 milhões).
Em relação ao primeiro trimestre, contudo, a siderúrgica reverteu um prejuízo líquido apurado em R$ 823,0 milhões.
O EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 2,26 bilhões, a retração foi de 31,0% na base de comparação anual.
A receita líquida se expandiu em 4% no intervalo de abril a junho na comparação com o mesmo período de 2022, a R$ 10,90 bilhões.
Recomendações
Para a XP Investimentos, a CSN (CSNA3) reportou resultados fracos, mas alinhados às expectativas.
Lucas Laghi, head de Mineração e Siderurgia, Papel e Celulose e Bens de Capital, e os analistas Fernanda Urbano e Guilherme Nippes apontam que o aço pressionado e a perspectiva de mineração impulsionam o conjunto de números mais decepcionantes.
Contudo, apesar de esperarem um segundo semestre desafiador para os preços do aço doméstico - devido aos altos prêmios atuais em relação aos produtos importados (possivelmente compensados por um ambiente de custo melhor) e de preços estruturalmente mais baixos para o minério de ferro -, analistas veem o valuation da siderúrgica fornecer uma margem de segurança, com múltiplos EV/EBITDA em 2023-2024 de 4,60x-5,10x.
A análise SOTP (soma-das-partes) indica um desconto de holding de 34%, que Laghi, Nippes e Urbano dizem considerar excessivo.
Além disso, veem o ciclo de queda das taxas de juros no Brasil como um potencial catalisador para uma empresa alavancada como a CSN, e, neste sentido, reiteram recomendação de compra para as ações ao preço-alvo de R$ 17,00.