O Itaú BBA enxerga que a Camil (CAML3) apresentou resultados neutros no segundo trimestre fiscal deste ano. O EBITDA (sigla para lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização) totalizado a R$ 212 milhões, é resultado da melhor dinâmica dos volumes de açúcar e a sazonalidade mais forte no Uruguai, avalia a casa.
O índice ficou 6% acima das expectativas do Itaú BBA, com a margem ajustada de 7,3%. “O resultado ainda é afetado pelas tendências negativas (amplamente esperadas) na divisão de açúcar e pelas despesas financeiras mais pesadas”, destacam os analistas Gustavo Troyan, Bruno Tomazetto, Daniel Sasson e Larissa Perez.
Em detalhe, a casa menciona o contrato com Raizen para exportação de açúcar a granel como a novidade que impulsionou os resultados na divisão de alta rotatividade. A receita líquida desse setor ficou em R$ 1,5 bilhão, 3% abaixo do que era projetado pela casa.
Para os próximos meses a expectativa é de beneficiamento com os preços do arroz.
O segmento de peixes enfrentou volumes mais baixos devido ao aumento recente das fusões e aquisições que continuam a progredir gradualmente, avalia o time do Itaú BBA.
Para as ações da companhia, a casa faz recomendação de compra com preço-alvo a R$ 9,00.
“O momento da normalização da rentabilidade é um ponto-chave a ser monitorado adiante, continuamos recomendando compra para a Camil com expectativas de uma compressão dos múltiplos para níveis mais palatáveis em 2024. Qualquer normalização nas margens no segmento de Alta Rotatividade traria upside para a Camil”, concluíram os analistas.
Nesta quarta-feira (11), por volta das 12h30, os papéis da companhia operavam em queda de 4,71%, cotados a R$ 7,49.