O BTG Pactual iniciou a cobertura das ações da Mater Dei (MATD3) com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 24. Em relatório divulgado ontem (26), os analistas Samuel Alves e Yan Cesquim escreveram que a empresa rede de hospitais privados “está prestes a se tornar um consolidador nacional”.
Segundo eles, a Mater Dei é líder absoluta entre as operadoras não verticalizadas no mercado hospitalar de Belo Horizonte (BH), amparada por uma operação altamente lucrativa. Isso porque a companhia tem força de marca, sólido relacionamento com os públicos regionais e três hospitais de alto padrão na região.
O banco também chamou atenção para o interesse da Mater Dei em replicar seu modelo de negócios de BH em outras regiões do Brasil por meio de novos fusões e aquisições (M&A), com um novo projeto em Salvador. De acordo com os analistas, à medida que a companhia bota esse plano em ação, ela pode “tirar proveito de seu forte balanço”.
“Antecipamos grandes vantagens de futuras fusões e aquisições, dada a exposição relativamente pequena da empresa no cenário nacional. Apenas duas fusões e aquisições poderiam ser suficientes para dobrar sua capacidade hospitalar”, escreveram no relatório.
Entre os riscos destacados estão os relacionados à agenda de M&A e ao amadurecimento de seus projetos greenfield. Os analistas também chamam atenção para a concorrência da Rede D'Or, que recentemente adquiriu um ativo em BH e que também deve ser uma forte adversária da Mater Dei em Salvador.