quarta, 08 de maio de 2024
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BTG: Braskem (BRKM5) pode lucrar com compra de seus ativos no Sudeste; recomendação de compra

Banco aposta que companhia consegue capturar vantagens na possível venda e reforça expectativa por dividendos mais elevados

31 agosto 2021 - 14h54Por Investing.com

Por Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com - O BTG Pactual (SA:BPAC11) considera que a venda da Braskem (SA:BRKM5) por parte da Novonor, ex-Odebrecht, é uma possibilidade cada vez mais concreta, especialmente após a Unipar (SA:UNIP3) demonstrar interesse nos ativos do hub do ABC, parte das operações de São Paulo, e apresentar uma oferta à Novonor.

Assim, o banco mantém a sua recomendação de compra, com a aposta de capturar vantagens na possível venda da empresa e a expectativa de dividendos mais elevados.

O relatório divulgado também considera a notícia de que a Petrobras (SA:PETR4) está considerando oferecer à Novonor, a sua participação de 36% na Braskem em troca das operações da empresa no Sudeste, em especial as operações próximas às refinarias que não estão à venda no Rio de Janeiro e uma unidade em SP.

As operações no Rio representam 9% da capacidade de produção de produtos químicos da Braskem no país, enquanto SP responde por 21%. O BTG considera difícil avaliar o valor potencial desses segmentos, já que valorizar esses ativos exige mais do que pesar os resultados no país pela sua capacidade de produção. Também não está claro se o negócio incluiria qualquer parcela da dívida no nível de holding ou se seriam necessárias mudanças no estatuto de governança da Braskem, no melhor interesse dos minoritários.

Diante disso, em um exercício simplista, o BTG diz que levando em consideração “ao longo do ciclo” o EBITDA anual para as operações no Brasil entre US $ 1,25-1,4 bilhões, o EBITDA de RJ e SP seria de aproximadamente US $ 115 milhões e US $ 280 milhões, respectivamente, com base nas capacidades de produção.

Considerando um múltiplo EV / EBITDA de 5x, em linha com a média de 10 anos para BRKM, mas acima de 3,4x de hoje, isso implicaria em uma avaliação de quase US $ 2,1 bilhões para as regiões combinadas, muito abaixo da participação atual da Petrobras na Braskem de US $ 3,5 bilhões com base no último preço de fechamento.

O BTG se mantém neutro em relação às ações da Petrobras, aguardando quais serão os próximos passos da empresa.