A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vai realizar o primeiro leilão de transmissão do ano no dia 30 de junho, com nove lotes em sete estados em licitação.
O investimento total esperado é de cerca de R$ 16 bilhões. O Itaú BBA afirmou que o leilão é muito maior do que leilões anteriores e é um evento importante para o setor, dada a forte expectativa de concorrência e o tamanho considerável dos lotes.
"Avaliamos ser um grande leilão que visa melhorar a confiabilidade da rede, principalmente para atender a demanda da região Sudeste do Brasil, dada a expansão da geração renovável no Nordeste", pontua o BBA.
De acordo com o edital de licitação, o capex (investimentos) total dos projetos é estimado em R$ 15,8 bilhões, com receita total limitada a R$ 2,573 bilhões (capex médio/RAP máxima de 6,1 vezes).
Os projetos totalizam 6.184 km de linhas de transmissão em sete estados (Minas Gerais, Bahia, Sergipe, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Pernambuco), a maioria deles a serem desenvolvidos em Minas Gerais.
Segundo o Itaú, as empresas parecem otimistas com o leilão por conta do seu tamanho significativo e das atuais condições de crédito, que podem render lances mais racionais e TIRs mais altas.
Algumas companhias acreditam que o BNDES poderia fornecer financiamento em condições atraentes, mas o banco ainda não se comprometeu com condições de financiamento.
"Avaliamos, portanto, que o caso base para as empresas assumirá custos com base na emissão de debêntures ou financiamento de dívidas por meio de bancos", diz o relatório do Itaú.
Assim, o BBA espera que vários nomes listados participem do leilão, sozinhos ou por meio de consórcios.
Na avaliação do Itaú, as empresas que devem participar são: Cemig (CMIG4); Taesa (TAEE11); CTEEP (TRPL4); Alupar (ALUP11); Engie (ENBR3); Eletrobras (ELET3; ELET6); Energisa (ENGI11); Equatorial (EQTL3); CPFL (CPFE3); e Auren (AURE3).