Otimismo com a economia cresce
A sondagem procurou saber o que os brasileiros esperam sobre o futuro da economia e de suas finanças. Quando questionados sobre o que esperam para os próximos seis meses em relação às suas finanças, seis em cada dez brasileiros (61%) acham que sua vida financeira vai melhorar, contra apenas 9% que acreditam em uma piora. Há ainda 25% de entrevistados neutros. De acordo com o levantamento, 34% dos brasileiros estão otimistas a economia para os próximos meses, enquanto outros 34% se mantêm neutros, ou seja, não afirmam que as condições econômicas do país estarão melhores ou piores daqui seis meses. Já 27% disseram estar pessimistas. Entre os que acreditam na retomada da economia, 43% não souberam dizer ao certo a razão. Para 40%, esse clima de otimismo está ligado ao fato de o cenário político se mostrar mais favorável, 12% atribuem à percepção de queda do desemprego e 11% por enxergarem uma estabilização nos preços. Na outra ponta, os pessimistas destacam os escândalos de corrupção (46%), o receio de que a inflação saia do controle (42%) e o desemprego (37%) como fatores que mais pesam.Micros e pequenos empresários vão buscar mais crédito
O ano também começa com os micro e pequenos empresários mais propensos a tomar crédito do que em 2018. Em janeiro de 2019, o indicador que mede a demanda por crédito registrou 25,1 pontos contra 21,6 pontos no mesmo mês do ano anterior, o que significa um avanço de 16%. Esse aumento dá indícios de retomada do crédito, embora de forma tímida. Em termos percentuais, os dados indicam que 15% das MPEs pretendem tomar crédito nos próximos três meses. Em contrapartida, 67% descartam essa possibilidade — em janeiro de 2018 esse número representava 76% — e 18% ainda não sabem dizer se vão recorrer a recursos extras.Um terço dos empresários acha difícil tomar empréstimo
O empréstimo lidera a lista de modalidades que devem ser contratadas, com 49% das menções. Em segundo lugar vem o financiamento (17%) e em terceiro o cartão de crédito empresarial (11%). A sondagem constatou ainda que 29% consideram o processo de contratação de crédito difícil, ao passo que 22% acham fácil ou 17% não consideram nem fácil e nem difícil. Além desses, um percentual expressivo declara nunca ter contratado crédito, chegando a 29%.
Questionados sobre os entraves para contrair crédito, 60% dos que consideram a contratação difícil apontam como principais problemas a burocracia e as exigências dos bancos. Para 57%, os juros altos são um grande impeditivo. Já entre os que consideram fácil a obtenção de crédito, 49% citam o bom relacionamento com as instituições financeiras. Já 37% mencionam o fato de ter as contas em dia e 26% dizem que a documentação da empresa em ordem facilita o processo. Outros 21% apontam o tempo de existência da empresa como item importante.
“As altas taxas de juros, que ainda seguem elevadas mesmo com as quedas recentes, acabam inibindo a tomada de crédito por boa parte do empresariado. Além disso, há o desconhecimento das modalidades existentes no mercado. Muitas opções estão disponíveis, com condições e taxas menores para o segmento de MPEs ”, destaca o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.
Pesquisa ouviu 800 empresas
Os Indicadores de Demanda por Crédito e de Propensão para investimentos do Micro e Pequeno Empresário calculados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) levam em consideração 800 empreendimentos com até 49 funcionários, nas 27 unidades da federação, incluindo capitais e interior. As micro e pequenas empresas representam 39% e 35% do universo de empresas brasileiras nos segmentos de comércio e serviços, respectivamente.
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