Os mercados americanos subiram com força hoje com a expectativa de que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) corte os juros ainda este ano e puxaram as demais bolsas mundiais. A fala do presidente do Fed, Jerome Powell, hoje de manhã, reforçou essa expectativa, e os mercados futuros passaram a projetar 90% de chances de redução nas taxas ainda em 2019. Com isso, os mercados de ações se animaram.
O Índice Dow Jones subiu 2,06% e o Standard & Poor’s 500, 2,14%, enquanto o Nasdaq ganhou 2,65%. Na Europa, o Índice Euro Stoxx 600 subiu 0,59%, com o DAX, de Frankfurt, em alta de 1,51%. Os juros dos títulos americanos voltaram a subir, sinal de menor demanda por proteção dos investidores, e o papel de 10 anos fechou pagando 2,13% ao ano, ou 0,06 ponto percentual de queda.
No Brasil, o mercado acompanhou a alta externa e a possibilidade de o processo de reforma da Previdência andar mais rápido na Câmara. O Índice Bovespa fechou em alta de 0,37%, aos 97.380 pontos. O dólar comercial recuou, acompanhando o mercado externo, e fechou em R$ 3,8567 para venda, baixa de 0,831%. Já o dólar turismo caiu 0,74%, para R$ 4,01 para venda.
Os juros futuros também caíram, com o contrato para janeiro de 2020 recuando para 6,235% ao ano, baixa de 0,03 ponto percentual. Para 2025, a taxa caiu 0,11 ponto, para 7,88% ao ano. Os dados fracos da economia, reforçados hoje com a produção industrial, em queda em abril em relação ao ano passado, mostram que a tendência dos juros ainda é de baixa, apesar da cautela do Banco Central (BC) em querer esperar a reforma da Previdência antes de cortar a Selic, hoje de 6,5% ao ano.
Além do otimismo doméstico com o desenrolar da reforma da previdência, o dia positivo nos mercados globais ajudou a manter o índice em alta, diz o Banco Fator.