sexta, 29 de março de 2024
Ouro e Petróleo

Ouro cai e petróleo dispara com novidades sobre vacina da Pfizer

09 novembro 2020 - 14h26Por Investing.com

Por Barani Krishnan, da Investing.com - O ouro teve seu maior colapso em um dia desde agosto, enquanto os preços do petróleo dispararam quase 10% nesta segunda-feira (9) após o anúncio da Pfizer de progresso em seu programa de vacina para a Covid-19 surpreender os mercados, redirecionando dinheiro de portos seguros para ativos de risco.

A Pfizer (NYSE:PFE) anunciou na segunda-feira que uma vacina candidata para a Covid-19, desenvolvida em conjunto com a BioNTech SE (NASDAQ:BNTX), provou ser mais de 90% eficaz nos últimos testes. A empresa também disse que espera produzir até 50 milhões de doses de sua vacina em 2020 e até 1,3 bilhão em 2021.

Os futuros de ações em Wall Street e os preços do petróleo já estavam em alta antes do anúncio, cerca de duas horas antes do início oficial da sessão de Nova York.

A reviravolta mais tarde foi no ouro, que afundou 5%, tanto quanto os ganhos do Dow Jones, com o dólar subindo em contra-ataque ao metal precioso.

“O ouro está sendo derrotado pelas notícias da vacina”, disse Craig Erlam, analista da OANDA em Nova York. "As taxas dos EUA estão subindo devido ao anúncio e isso é uma má notícia para o metal amarelo.”

O ouro para entrega em dezembro negociado em Nova York caía US$ 90,20, ou 4,6%, para US$ 1.861,50 por onça às 14h12 (horário de Brasília). O metal caiu quase US$ 100 por onça no auge da liquidação que o levou a uma baixa de quase quatro meses, de US$ 1.857,20. Foi a pior liquidação de ouro em um dia desde o início de agosto.

O ouro à vista, que reflete as negociações em tempo real, caía US$ 87,72, ou 4,5%, para US$ 1.863,49.

Os preços do petróleo foram na direção oposta, já que as notícias da Pfizer sugeriam melhores perspectivas econômicas em meio à pandemia. O West Texas Intermediate negociado em Nova York, o principal indicador para o petróleo dos EUA, subia US$ 3,39, ou 9,1%, a US$ 40,53 por barril. O Brent negociado em Londres, a referência global para o petróleo, subia US$ 3,18, ou 8,1%, para US$ 42,63.

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