terça, 23 de abril de 2024
Mercado de seguros clima

Os riscos das chuvas de verão e as garantias do mercado segurador

16 novembro 2020 - 13h14Por Marcelo Augusto Pereira

Com o passar do tempo, temos percebido e sentido cada vez mais as consequências negativas das ações humanas contra a natureza, o que tem provocado importantes mudanças climáticas. A principal causa, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), tem sido a liberação na atmosfera de gases altamente poluentes, por conta da produção de petróleo, gás, carvão e outros combustíveis fósseis, dentre vários fatores.

Dessa forma, pelo fato de muitos líderes mundiais não estarem cumprindo com os compromissos firmados para a redução e controle das principais causas dessas alterações, toda a população mundial vem sofrendo com o desequilíbrio ambiental, o que tem provocado ondas de calor, secas, inundações, tempestades de inverno, furacões e incêndios florestais.

Aqui no Brasil, principalmente quando nos aproximamos da estação do verão no hemisfério Sul, os períodos de chuvas se tornaram cada vez mais irregulares e preocupantes. A consequência dessa irregularidade climática, aliada à nossa histórica falta de infraestrutura e saneamento básico na maioria das cidades brasileiras, tem provocado grandes infortúnios e calamidades decorrentes dessa irresponsabilidade global.

Os alagamentos no Brasil e as garantias securitárias

Nesses tempos de pandemia e crise econômica, surgiram no país um elevado número de novos empreendedores, seja na economia formal ou informal, que comprometeram parte do seu patrimônio ou até mesmo a sua totalidade. Considerando esse cenário, é indispensável que todos estejam muito atentos aos riscos futuros gerados pelas intempéries climáticas, para não ficarem à deriva financeira caso sofram prejuízos em decorrência de enchentes e alagamentos. 

A busca por redução dos custos iniciais nos empreendimentos levou muitas pessoas a negligenciarem os riscos quando instalaram suas empresas em áreas de alagamentos.

Quando tratamos do tema “alagamentos” no mercado segurador, a grande maioria dos consumidores atribuem esse risco imediatamente ao seguro de veículos, o que é muito importante e sempre deve fazer parte das garantias dessa modalidade. Contudo, outros tipos de seguros precisam e devem ser levados em consideração quando buscarmos coberturas securitárias para proteger os bens nesses episódios.

Alguns exemplos, como os seguros dirigidos aos riscos de residências, condomínios, escritórios, indústrias, armazéns, lojas e estoques de mercadorias garantem cobertura total ou parcial dos prejuízos decorrentes dos alagamentos. Entretanto, esse risco precisa ser muito bem avaliado e negociado junto aos seguradores; primeiro, para não se tornar inviável do ponto de vista financeiro, mas principalmente para especificar nas condições contratuais todas as coberturas e garantias.

Sendo assim, fiquem muito atentos às condições das suas apólices atuais ou em futuras contratações: a maioria das apólices contempla coberturas básicas, como incêndio, queda de raios e explosões, além de outras coberturas acessórias. Mas excluem da cobertura os danos causados por eventos da natureza, como inundações, alagamentos e enchentes por água de chuva.

Importante ressaltar que os custos com seguros dessa natureza, principalmente para os empreendedores, não podem ser vistos e considerados apenas como mais uma despesa, mas tratados como indispensáveis para a garantia dos investimentos e do patrimônio.

As melhores coberturas e custos

Em consequência das ofertas cada vez mais abrangentes, a avaliação da amplitude das coberturas securitárias e a garantia dos riscos se tornaram complexas. Portanto, quando for realizar cotações e ontratação dos seguros com riscos específicos, como é o caso dos alagamentos, não hesite em contar com a assessoria de profissionais especializados e qualificados, pois essa prática vai proporcionar maior segurança e, ao mesmo tempo, a redução dos custos dos seguros.

Felizmente, por conta da especificidade do setor de seguros e o avanço tecnológico educacional, as seguradoras, corretoras de seguros e importantes empresas de aprendizagem e capacitações em seguros, como é o caso da ENS (Escola Nacional de Seguros), estão qualificando e capacitando cada vez mais os profissionais do setor. 

Essas empresas identificaram que especialização aliada a recursos tecnológicos serão fundamentais para difundir a cultura de seguros no Brasil e, ao mesmo tempo, continuar proporcionando aos consumidores a excelência no atendimento e os esclarecimentos necessários, diante de tantas ofertas, oportunidades e possibilidades.

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