sexta, 19 de abril de 2024
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Movida avança com divulgação de balanço do 1º trimestre

14 maio 2020 - 13h44Por Investing.com
Por Gabriel Codas Investing.com - Na parte inicial da tarde desta quinta-feira as ações da Movida (SA:MOVI3) operam com alta depois de divulgar balanço dos três primeiros meses do ano com prejuízo de R$ 114,4 milhões, impactado por um impairment considerado "conservador" pela diretoria da empresa. Sem o coronavírus, a empresa mostrou um lucro ajustado mostra lucro R$ 55 milhões. O consenso de mercado previa um lucro de R$ 71 milhões. Com isso, por volta das 13h40, os papéis somavam 3,52% a R$ 8,80. O balanço da companhia foi fortemente influenciado por impaiment de R$ 193 milhões, para adequar a empresa à nova realidade mais complicada do mercado com a Covid.19. A empresa abateu o valor da sua frota para contabilizar as perdas do valor recuperável dos veículos em desativação. A empresa também descontou R$ 50 mi em contas a receber, por considerar maior inadimplência. No total, o impacto foi de 170 milhões, se descontados impostos e fechamentos de lojas. Os números poderão ser revistos com o desdobramento da pandemia. A receita líquida totalizou R$ 1,011 bilhão no período, crescimento de 19,6% em relação ao mesmo período de 2019. A margem líquida ajustada atingiu 12,2%, alta 1,1 ponto percentual. A companhia explicou que a expansão da receita é reflexo da adição de 10 mil carros operacionais e o câmbio desvalorizado que beneficiou o turismo interno, elevando a participação de pessoas físicas. Para a XP Investimentos, a Movida reportou resultados ajustados em linha, mas com uma série de ajustes que visam refletir o cenário adverso.  Os analistas explicam que os volumes e tarifas não foram materialmente diferentes das estimativas. Mas reconhecem que os meses subsequentes ao 1T20 mudaram drasticamente com as políticas de distanciamento social, e o principal desafio daqui para frente será manter níveis saudáveis de liquidez. A XP mantém a recomendação de Compra para as ações da Movida, com um preço-alvo de R$ 14,0/ação, mas reconhece que o curto-prazo deverá apresentar alta volatilidade.