O dólar norte-americano caía na quinta-feira, estendendo as perdas sentidas após comentários do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, ter aumentado as expectativas de que o banco central cortará as taxas em sua próxima reunião.
As convicções do mercado não foram abaladas pelos dados do Departamento do Trabalho, que mostraram que os preços de consumo aumentaram em junho para o maior nível em quase um ano e meio. Além disso, solicitações iniciais de seguro desemprego também caíam para o menor nível desde abril, sugerindo que a recuperação do mercado de trabalho em junho ainda continua.
O índice dólar, que mede a força da moeda norte-americana em comparação com a cesta das seis principais moedas, caía 0,1% para 96,632 às 11h15.
Testemunhando perante o Congresso na quarta-feira, Powell disse que o banco central "agirá apropriadamente", uma vez que os formuladores de políticas consideram "incertezas" decorrentes da desaceleração do investimento, disputas comerciais e outras questões que afetam a economia global.
"O enquadramento de Powell é uma tentativa de sinalizar para o mercado que, embora a economia ainda seja forte, um corte de juros em julho deve ser visto como precaução", disse Morten Lund, estrategista de câmbio do Nordea Markets. "Isso também estaria de acordo com a opinião de muitos dos membros do FOMC, como indicado nas atas de junho."
O dólar caía contra o iene japonês, com par USD/JPY caindo 0,2% para 108,25. O euro subia com um aumento de 0,1% do par EUR/USD, para US$ 1,1256 e o par USD/CAD, perdia 0,1% para 1,3069.
Enquanto isso, o par GBP/USD ganhava 0,3%, para US$ 1,2538, com pesquisas mostrando Boris Johnson se aproximando da vitória na escolha para liderança do Partido Conservador. Isso apesar das novas advertências do Banco da Inglaterra sobre os danos econômicos que poderiam seguir um Brexit "sem acordo" - um cenário que Johnson e seu rival Jeremy Hunt aceitaram como um possível resultado. O vencedor deve ser anunciado em 23 de julho.