terça, 16 de abril de 2024

Mestre em Economia ganha prêmio do Serviço Florestal Brasileiro

31 maio 2019 - 15h07Por Agência Brasil

Um projeto que trata de alternativas para a definição de um Produto Interno Bruto (PIB) Florestal foi o vencedor da categoria profissional do 6° Prêmio Serviço Florestal Brasileiro em Estudos de Economia e Mercado Florestal. A premiação nas categorias profissional e estudante foi entregue hoje (30), em Brasília, na Confederação Nacional da Indústria (CNI).
 
O vencedor é Edson Rodrigo Toledo Neto, mestre em Economia e engenheiro florestal. “Na prática tentamos traduzir como o capital natural é tratado dentro do sistema das contas nacionais. A conta de florestas não é simples de ser constituída dentro do sistema de contas e para obtenção do PIB”, explicou.

Edson Rodrigo Toledo Neto, 1º lugar na categoria profissional, durante cerimônia de entrega do 6º Prêmio Serviço Florestal Brasileiro em Estudos de Economia e Mercado Florestal, na Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Edson Rodrigo Toledo Neto, 1º lugar na categoria profissional, durante cerimônia de entrega do 6º Prêmio Serviço Florestal Brasileiro em Estudos de Economia e Mercado Florestal  (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Edson conta que o PIB Florestal dá uma visão, ainda que mínima, de como os setores estão demandando, consumindo e ofertando energia, por exemplo.

“A importância do trabalho é conseguir traduzir a oferta e demanda”, afirmou. O título do trabalho é “Alternativas para definição do PIB Florestal a partir do sistema de contas nacionais.”

Manejo da madeira

O plantio de florestas para a extração de madeira de forma planejada e sustentável para gerações de renda no noroeste do Estado do Rio de Janeiro foi o tema da vencedora do terceiro lugar na categoria estudante. A autora do projeto, Carla Johanna Lessa, desenvolveu o programa a partir de sua realidade local, no noroeste fluminense. A área tem atividade mais voltada ao agronegócio e também forte demanda por madeira e potencial de plantio de florestas.
 
A estudante avaliou que inserir o cultivo florestal poderia impulsionar o desenvolvimento econômico da região. “Isso de forma que sejam respeitadas todas questões ambientais, leis e, ao mesmo tempo, propicie benefícios ambientais à comunidade em geral”, contou.
 
Em um ano e meio de pesquisa, Carla conversou com comerciantes da região para compreender a logística da comercialização da madeira para comprovar a viabilidade de implementar a atividade.

Carla Johanna Lessa Silva, 3º lugar na categoria estudante, durante cerimônia de entrega do 6º Prêmio Serviço Florestal Brasileiro em Estudos de Economia e Mercado Florestal, na Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Carla Johanna Lessa Silva, 3º lugar na categoria estudante, durante cerimônia de entrega do 6º Prêmio Serviço Florestal Brasileiro   (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Com o trabalho concluído, ela gostaria de colocar as ideias em prática para beneficiar a população local. “Precisamos de apoios governamentais e também temos o setor privado que é o produtor. Às vezes você chegar para um produtor e dizer para ele plantar floresta pode ser meio difícil ele encarar essa situação, mas é todo um processo de conscientização dessas pessoas”, explicou.

O projeto de Carla foi o trabalho da conclusão de curso na faculdade e tem o título “A estratégia do manejo da madeira e nível de planejamento urbano e regional: o caso do noroeste fluminense”.

O presidente do Serviço Florestal Brasileiro, Valdir Colatto, ressaltou a importância das pesquisas apresentadas nesta edição do prêmio, que tem temas como concessões florestais e Produto Interno Brasileiro - PIB – Verde.
 
Ele disse que é preciso harmonizar as áreas produtivas e do meio ambiente. “Vamos buscar harmonizar a produção, esse processo, e caminhar juntos que todos nós vamos ganhar com isso”, disse.

O prêmio

O prêmio foi idealizado pelo Serviço Florestal Brasileiro e visa estimular pesquisas em temas relacionados à economia e mercado, como foco em estudos sobre a produção florestal sustentável, seus desafios e as perspectivas socioeconômicas e ambientais.
 
Foram premiados três projetos na categoria profissional e três na estudante. Os valores pagos aos premiados vão de R$ 5 mil a R$ 25 mil.