sexta, 19 de abril de 2024
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Marfrig valoriza com carne vegetal no Burger King

03 setembro 2019 - 15h18Por Investing.com
Investing.com - As ações da Marfrig (MRFG3) eram negociadas com valorização de 2,04% a R$ 8,51 por volta das 14h17 na bolsa paulista. O mercado reage à notícia que a rede de lanchonetes Burger King (BKBR3) no Brasil começará a vender hambúrgueres à base de vegetais produzidos pela companhia na cidade de São Paulo no dia 10 de setembro, com um lançamento nacional programado para novembro. Já os papéis da BK Brasil, operavam com queda de 1,62% a R$ 18,82 no mesmo horário. Em teleconferência em meados de agosto, na ocasião da divulgação do resultado do segundo trimestre, o presidente-executivo da Marfrig (MRFG3), Eduardo Miron, disse estar absolutamente otimista” com a entrada no mercado de produtos de origem vegetal. Também na ocasião da divulgação do balanço, a empresa disse que as vendas de hambúrguer vegetais para o Burguer King começariam neste terceiro trimestre. A maior produtora de hambúrguer do mundo havia anunciado anteriormente, no começo de agosto, um acordo com a norte-americana Archer Daniels Midland para produzir proteína vegetal no Brasil.

A ADM, uma trader de grãos, será responsável por fornecimento da matéria-prima usada no desenvolvimento dos produtos de base vegetal. A Marfrig (MRFG3) vai produzir, distribuir e vender os produtos para restaurantes e redes de varejo.

                                   Quer investir em ações? Abra uma conta na XP Investimentos: online, rápido e grátis “Juntas, Marfrig (MRFG3) e ADM produzirão um hambúrguer 100% vegetal com sabor e textura similares aos da carne”, diz Eduardo Miron, presidente-executivo da Marfrig, em comunicado à imprensa na ocasião. “O hambúrguer vegetal vem para complementar o portfólio de produtos da Marfrig e atender todos os canais de mercado nos quais atuamos”, acrescentou. Reação competitiva A parceria da Marfrig (MRFG3) com ADM e com a rede de lanchonete Burger King (BKBR3) é resposta competitiva da empresa frente a inovação do mercado de proteína animal. A cadeia produtiva do setor é avaliada ambientalmente insustentável, com elevada emissão de gases que aumentam o efeito estufa e, consequentemente, aumentando a temperatura do planeta. Para satisfazer consumidores de proteína animal que possa sofrer com aumento de preços com eventual restrição da oferta para combater o aquecimento global, startups e empresas tradicionais investem na busca de métodos para produção de carnes à base vegetais como a ervilha. Entre as startups, destacam-se nos EUA a Impossible Foods e a Beyond Meat (NASDAQ:BYND), que realizou IPO neste ano e teve ganhos acumulados de 148,2% desde a sua estreia na Nasdaq, tornando-se a ação queridinha entre os investidores americanos. No Brasil, a startup Fazenda Futuro recebeu, em julho, o primeiro aporte de investimento de capital de risco liderado pela Monashees, que avaliou a empresa ligada a marca de sucos Do Bem em US$ 100 milhões. Entre as grandes players do mercado, além da Marfrig (MRFG3), a JBS (JBSS3) por meio de sua marca Seara também desenvolve novos produtos de carne vegetal.