quinta, 25 de abril de 2024
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Marfrig faz captação de R$ 500 mi em financiamento no exterior; ações recuam

29 junho 2020 - 14h51Por Investing.com
Por Gabriel Codas Investing.com - Na tarde desta segunda-feira as ações da Marfrig (SA:MRFG3) registram queda, em dia que é de perdas para o setor de proteína animal. Mais cedo o frigorífico anunciou que concluiu contratação, junto a um sindicato internacional de 15 bancos, de um financiamento (term loan) com prazo de 36 meses e remuneração de Libor acrescida de uma taxa de até 4,00% ao ano. Desta forma, por volta das 14h49, os ativos recuavam 0,72% a R$ 12,46. "Esta operação irá substituir o 'Bridge Loan' (empréstimo ponte, financiamento temporário de curto prazo) no mesmo montante de US 500 milhões ", informou a empresa de alimentos. A companhia acrescentou que a operação segue em linha com a sua estratégia que busca a redução de custo e alongamento do perfil de endividamento da Marfrig. Paraguai O frigorífico divulgou nota manifestando o interesse em investir no Paraguai, mesmo depois da desistência da compra do Frigonorte, produtora paraguaia de carne bovina que foi colocada à venda depois de uma crise. Na visão da companhia brasileira, o país vizinho oferece uma boa rentabilidade. A comunicação foi feita ao ministro da Agricultura paraguaio, Rodolfo Alfaro, com a Marfrig reafirmando o interesse de investimentos no Paraguai. A companhia disse que está ciente do interesse do governo local de incentivar a pecuária. O documento foi assinado por Heraldo Geres, vice-presidente jurídico da Marfrig. As informações são do jornal Valor. Há poucos dias, a rival Minerva (SA:BEEF3) Foods fechou acordo com a Frigonorte para a prestação de serviços, com a companhia brasileira se encarregando das vendas, pelo prazo de um ano, das carnes produzidas no Paraguai. O acordo vai permitir que o Frigonorte retome as atividades, mesmo com dívida de US$ 4 milhões com os pecuaristas. Os produtores criticaram o acordo com a Minerva, uma vez que temem que é uma excessiva concentração do abate nas mãos da brasileira, que já conta com quatro plantas em operação no Paraguai. A companhia já é a maior indústria de carne bovina, respondendo por quase 45% das exportações de carne bovina do país.