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Lucro semestral de grandes bancos brasileiros cai 24% em relação a 2019

06 outubro 2020 - 09h00Por Redação SpaceMoney

Na comparação com 1º semestre do ano passado, o lucro de quatro grandes bancos brasileiros caiu 24%. São eles: Santander, Banco do Brasil, Bradesco e Itaú. Esse dado, entre outras estatísticas sobre o setor bancário, estão disponíveis em um relatório divulgado nesta segunda-feira (05) pela Ernst & Young. 

Ainda de acordo com o documento, o primeiro semestre de 2020 apresentou um aumento de 6,4% nas concessões de crédito do Sistema Financeiro Nacional. No início do ano, que foi marcado pela pandemia de Covid-19 a partir de março, o valor total das concessões somou R$ 1,9 bilhão. Essas concessões cresceram principalmente no segmento de Pessoa Jurídica (PJ). 

O relatório também menciona que o Retorno sobre o Capital (ROE) desses bancos registrou uma queda acentuada de 7,7% no período. O indicador representa o lucro das empresas em relação ao seu patrimônio líquido; logo, quanto maior o número, maior é a eficiência na gestão de uma companhia.

O levantamento foi feito com base no desempenho dos maiores bancos brasileiros, com um volume de ativos superior a R$ 900 bilhões. A atuação do Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander foi verificada e comparada por meio de vários indicadores diferentes, como X, Y e Z. 

Pandemia fortalece transações digitais

Segundo uma pesquisa feita pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos), entre os meses de janeiro e abril, as transações realizadas por meio dos aplicativos de celular cresceram 22%. 

Para os bancos, o fortalecimento das operações digitais representou um recuo de 4% na receita de Prestação de Serviço e Tarifas Bancárias. A diminuição das transações com cartão também foi responsável por esse resultado, que deve recuar ainda mais após a chegada do Pix, novo método de pagamentos e transferências instantâneas do Banco Central que é gratuito para pessoas físicas.

Crescem os custos

O relatório apontou que outras despesas também cresceram, como os custos com pessoal (2%) e os administrativos (3%). As instituições financeiras declararam à Ernst & Young que a redução com despesas operacionais é um dos objetivos principais nos próximos trimestres; a diminuição deve refletir a mudança no comportamento dos clientes, que passaram a optar principalmente por canais digitais para pendências bancárias.

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