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Impeachment de Trump tem audiência marcada; veja destaques

13 novembro 2019 - 10h48Por Investing.com
Investing.com - O presidente do Federal Reserve dos EUA, Jerome Powell, testemunhará no Congresso em meio a um cenário de incerteza comercial renovada depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, diminuiu as esperanças de um avanço na guerra comercial entre EUA e China. Enquanto isso, as primeiras audiências públicas no processo de impeachment de Trump vão ser iniciadas e os investidores obtêm os últimos números da inflação norte-americana e analisam os estoques de petróleo do país depois que a Agência Internacional de Energia disse que espera que o crescimento da demanda global de petróleo diminua a partir de 2025. Aqui está o que você precisa conhecer nos mercados financeiros nesta quarta-feira, 13 de novembro. 1. Testemunho de Powell Powell deve testemunhar sobre as perspectivas econômicas perante o Comitê Econômico Conjunto do Congresso em uma audiência que começa às 13h00 (horário de Brasília). Ele deve reiterar que a política monetária ficará em pausa pelo restante de 2019, após três cortes consecutivos nas taxas este ano, com o objetivo de compensar os efeitos da desaceleração do crescimento global provocada pela guerra comercial entre EUA-China. O testemunho de Powell ocorre um dia depois que Trump disse que um acordo comercial com a China estava "próximo", mas ameaçou "substancialmente" aumentar as tarifas se nenhum acordo fosse alcançado. Ele também criticou as políticas comerciais da União Europeia, abalando os investidores que esperavam alguma inovação ou mesmo um novo sinal positivo sobre o comércio. Trump também repetiu suas críticas ao Fed, culpando-o pelo abrandamento da economia e por não ter cortado as taxas de juros o suficiente. 2. Audiências públicas no processo de impeachment de Trump começam Antes do depoimento de Powell, a Câmara dos Representantes convocará as primeiras audiências públicas no processo de impeachment de Trump às 12h00. Serão as primeiras audiências de impeachment a serem realizadas em público em 20 anos. A investigação se centra em se Trump pressionou a Ucrânia para investigar o candidato presidencial democrata Joe Biden e seu filho Hunter Biden e qualquer reação do presidente pode ser significativa. 3. Futuros dos EUA indicam abertura em baixa; Cisco divulga balanço Os futuros dos EUA apontavam para uma abertura mais baixa, com futuros do Dow perdendo mais de 100 pontos, enquanto S&P 500 futuros e futuros do Nasdaq 100 também caíram em meio ao nervosismo da guerra comercial. As ações europeias recuaram das máximas de quatro anos antes, enquanto as preocupações de que a agitação em Hong Kong pudesse levar a uma repressão chinesa levaram as ações de Hong Kong a cair 2% durante a noite e pesaram nos mercados da Ásia. A Cisco Systems (NASDAQ:CSCO) divulga seus resultados do primeiro trimestre fiscal após o encerramento do pregão de quarta-feira em um cenário desafiador que inclui preocupações de que a fraqueza da economia global e a queda da demanda de nuvem podem afetar o desempenho. Outros balanços na quarta-feira incluem HPE e Foxconn. 4. Dados de inflação nos EUA Os dados de inflação dos EUA para outubro devem ser divulgados às 10h30, com os economistas esperando que o índice de preços ao consumidor suba 0,3%, em relação a 0,1% em setembro, enquanto o IPC principal, que exclui alimentos e energia está previsto um aumento de 0,2% em relação a 0,1% no mês anterior. O crescimento do IPC em relação ao ano anterior é de 1,7%, com o IPC principal chegando a 2,4%. No Reino Unido, dados anteriores mostraram que a inflação caiu para o nível mais baixo em quase três anos no mês passado, em meio a um teto nos preços da energia. Com 1,5%, a inflação agora ficou abaixo da meta de 2% do Banco da Inglaterra, o que poderia aumentar a probabilidade de cortes nas taxas de juros. Na zona do euro, os dados mostraram que a produção industrial aumentou 0,1% em setembro. Foi o segundo mês consecutivo de expansão, indicando que uma desaceleração no bloco pode ser moderada. 5. Demanda mundial de petróleo deve desacelerar a partir de 2025, diz EIA O crescimento da demanda global de petróleo deve desacelerar a partir de 2025, à medida que a eficiência dos combustíveis melhorar e o uso de veículos elétricos aumentar, mas é improvável que atinja o pico nas próximas duas décadas, informou a Agência Internacional de Energia (EIA na sigla em inglês) na quarta-feira. A Agência, com sede em Paris, que assessora os governos ocidentais em política energética, disse em seu World Energy Outlook para o período até 2040 que o crescimento da demanda continuará a aumentar, apesar de haver uma desaceleração acentuada na década de 2030. O Instituto Americano de Petróleo divulgará seu relatório semanal sobre os estoques de petróleo ainda nesta quarta-feira, um dia depois do normal por causa do feriado do dia dos veteranos na segunda-feira. --A Reuters contribuiu para esta matéria.