sexta, 29 de março de 2024
IPO Méliuz

IPO da Méliuz: Suno Research não recomenda a participação de investidores

28 outubro 2020 - 16h25Por Redação SpaceMoney

Termina na próxima sexta-feira (30) o período de reservas de ações a Oferta Pública Inicial (IPO, da sigla em inglês) da Méliuz, empresa que atua com programas de cupons de desconto e cashback. A casa de análises Suno Research, em relatório divulgado nesta semana, avaliou os principais pontos da operação e não recomendou a participação de investidores.

No IPO da Méliuz, que pode movimentar cerca de R$ 587 milhões, estão incluídas 52 milhões de ações, em uma oferta mista. Do total, 43,5% dos papéis são de origem primária e o restante, secundária. Na primeira modalidade, os recursos arrecadados vão para o caixa da empresa; já na segunda, serão repassados aos atuais acionistas.

A faixa indicativa de preço da oferta está entre R$ 10,00 e R$ 12,50, valores considerados injustificáveis pela Suno. “É necessário que a Méliuz entregue um crescimento realmente extraordinário nos próximos anos para que o valuation do seu IPO seja justificado”, aponta o relatório.

Negócio arriscado a preços elevados

A expansão, aliás, é um dos destinos dos recursos arrecadados com a venda de ações, que devem começar a ser negociadas na B3, a bolsa paulista, no dia 5 de novembro. Segundo a Méliuz, metade do dinheiro será aplicada na ampliação dos times de produto e tecnologia, no lançamento de novos produtos e funcionalidades e na aceleração na abertura de contas e solicitações do Cartão Méliuz. A soma restante deve ser utilizada em potenciais aquisições.

Mesmo com essas indicações, a Suno ainda não se mostra otimista com a relação risco/retorno do negócio. Segundo a casa de análises, a execução dos projetos da empresa “deve ser praticamente perfeita e a Méliuz precisa estar à altura da competição contra outras empresas varejistas e do setor financeiro, que também podem entregar produtos em seu principal segmento, o cashback”.

O relatório indica ainda que vê bons atributos na empresa, como sua baixa exigência de capital para crescimento e a lucratividade, mesmo na situação atual. A Suno finaliza a análise com a promessa de monitor do processo de abertura de capital e ficar atenta aos próximos passos da Méliuz: “No futuro, dependendo de como o panorama da empresa evolua, podemos passar a recomendar a compra das suas ações”.

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