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Internacional: fique por dentro das principais notícias dos mercados desta segunda-feira (30)

Aqui está o que você precisa saber sobre os mercados financeiros hoje

30 agosto 2021 - 09h05Por Investing.com

Por Geoffrey Smith e Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com - A Fiesp lidera um manifesto com participação da Febraban, o que irritou o governo e levou Banco do Brasil (SA:BBAS3) e Caixa a ameaçar saída da Febraban.

O dólar continua no chão, após ser derrubado pelo presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, na sexta-feira.

O furacão Ida atinge o estado americano de Lousiana, mas os preços do petróleo caem depois que o pior cenário não se materializa.

As ações devem atingir novos recordes na abertura, e a União Europeia deve proibir viagens não essenciais dos EUA devido aos riscos crescentes da Covid-19.

Aqui está o que você precisa saber sobre os mercados financeiros na segunda-feira, 30 de agosto.

1. Manifesto de empresários gera nova polêmica no governo Bolsonaro
A escalada da tensão política levou a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) a liderar um manifesto com a participação de outras 200 associações pelo equilíbrio entre os três poderes.

“A sociedade civil espera, e o momento exige, serenidade, diálogo, pacificação política e institucional, e, sobretudo, foco nas reformas tão urgentes”, pontua a declaração de acordo com o jornal O Globo.

A polêmica começa quando o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal ameaçam deixar a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), após a adesão da entidade ao manifesto, segundo a coluna de Lauro Jardim.

O entendimento dos bancos públicos, de acordo com fontes, é que a Febraban está se posicionando de forma política, e o BB e a Caixa, controlados pelo governo, discordam da atitude.

O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, supostamente, teriam dado o aval para essa decisão dos dois bancos.

O presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, o deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), disse que vai apresentar um requerimento para ouvir Guedes, Pedro Guimarães, o presidente da Caixa, e Fausto Ribeiro, o presidente do BB, sobre a saída da Febraban.

2. Furacão Ida atinge Nova Orleans e poupa as plataformas de perfuração do Golfo
O furacão Ida atingiu a Louisiana, derrubando grande parte da rede elétrica do estado e deixando em suspensão cerca de 2 milhões de barris por dia de capacidade de refino.

No entanto, rumores de fim de semana de que também causou a desatracação de duas grandes plataformas de perfuração no Golfo do México, operadas pela Royal Dutch Shell (LON:RDSa) (SA:RDSA34), acabou não sendo verdade.

O furacão também está empurrando fortes ondas de maré subindo o rio Mississippi, causando a interrupção de uma importante artéria para o comércio dos EUA, particularmente em produtos agrícolas.

Os contratos futuros do petróleo WTI tinham leve queda, enquanto os do petróleo Brent operavam com pequena alta, com notícias de que os danos na infraestrutura petrolífera foi mínimo, depois de subir mais de 10% na semana passada em antecipação à tempestade.

Às 08:43, o WTI caía 0,26% a US$ 68,55 o barril e o Brent tinha alta de 0,14% a US$ 71,80 o barril.

3. A baixa do dólar após fala de Powell
O dólar ficou em baixa após ser derrubado pelo presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, na sexta-feira.

Os ativos de risco continuaram a avançar, com as ações europeias apresentando ganhos gerais.

Por volta das 08h45, o índice que rastreia o dólar contra um punhado de moedas da economia avançada estava estável em 92,71, ainda abaixo de cerca de meio por cento de onde estava quando Powell começou a falar em Jackson Hole.

Houve pouco impacto sobre o euro com dados da União Europeia, que confirmaram pesquisas nacionais mostrando um declínio na confiança do consumidor e das empresas em agosto.

Powell havia enfatizado que mesmo a decisão de começar a reduzir as compras de ativos neste ano, se tomada, não significaria uma aceleração do cronograma de aumento das taxas de juros.

Há pouco no calendário de indicadores econômicos para desviar a atenção disso na segunda-feira, com apenas dados pendentes de vendas de casas para julho e a pesquisa de manufatura do Fed de Dallas sendo divulgados.

4. Ações devem abrir com leve alta
Os mercados de ações dos EUA devem subir na abertura, depois de atingir novos recordes em resposta ao discurso de Powell na sexta-feira, garantindo que o Fed evitará o erro de apertar a política monetária muito rapidamente.

Às 08h50, Dow Jones futuros, S&P 500 futuros e Nasdaq 100 os futuros subiam respectivamente 0,04%, 0,07% e 0,1%.

A Nasdaq teve um desempenho melhorado na sexta-feira, com nomes de tecnologia continuando a lucrar com o afastamento das negociações cíclicas e de valor em um cenário ainda alarmante de casos crescentes de Covid-19.

As ações que provavelmente estarão em foco mais tarde incluem o vencedor da pandemia Zoom Video (NASDAQ:ZM) (SA:Z1OM34), que divulgará seu balanço após o fechamento, e o fabricante de dispositivos médicos Baxter (NYSE:BAX) (SA:B1AX34), que o The Wall Street Journal informou que está em negociações avançadas para comprar a Hill-Rom (NYSE:HRC) por cerca de US$ 10 bilhões.

As ações da Hilll-Rom subiram apenas 3,8% no pré-mercado, sugerindo uma medida de ceticismo sobre a conclusão do negócio.

5. UE definida para proibir viagens não essenciais nos EUA conforme a onda Delta atinge novos máximos
A União Europeia deve proibir viagens não essenciais dos EUA para a Europa, em resposta ao risco crescente de transmissão da Covid-19, de acordo com o The Wall Street Journal.

A notícia atingiu as ações de companhias aéreas e viagens europeias no início do pregão, mas as ações de companhias aéreas dos EUA ainda não reagiram.

O número de mortes por Covid-19 nos EUA foi em média de mais de 1.200 na semana passada, o maior desde março, enquanto o número de novos casos atingiu o maior nível desde janeiro. No entanto, há sinais de que a curva de infecção nos EUA pode estar se achatando à medida que a vacinação do país aumenta lentamente.