Por Felipe Pontes, da Agência Brasil – Um incêndio florestal que começou no último domingo (12) no local conhecido como Vale da Lua, atração turística adjacente ao Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, ganhou grandes proporções e já se espalha para áreas a 20 quilômetros (km) de distância, informou o Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBM-GO).
Na tarde de domingo, cerca de 100 turistas chegaram a ficar ilhados no Vale da Lua e precisaram ser resgatados. Segundo informações dos bombeiros, todos saíram ilesos, com a exceção de uma pessoa que teve queimaduras leves nos pés. A suspeita é de que o incêndio tenha começado na trilha que dá acesso ao atrativo.
“Na manhã desta segunda-feira (13), foi feito um sobrevoo para ter dimensão da área atingida e onde estão os principais focos. As equipes ainda vão se reunir para definir novas estratégias de combate”, informou o CBM-GO.
Cerca de 60 pessoas, entre bombeiros, servidores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e brigadistas voluntários, moradores da região, atuam no combate às chamas. Três aeronaves também foram mobilizadas.
As chamas se espalharam primeiro pela Area de Proteção Ambiental (APA) Pouso Alto, que fica na zona de amortecimento do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, e hoje atingem a região da Serra do Segreda, a cerca de 20 km de distância do primeiro foco.
A região da Chapada dos Veadeiros encontra-se na parte final da época seca, quando a vegetação se torna mais propícia aos incêndios florestais.
Patrimônio natural
Segundo o ICMBio, o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, criado em 1961, está localizado no nordeste do estado de Goiás, entre os municípios de Alto Paraíso de Goiás, Cavalcante, Teresina de Goiás, Nova Roma e São João d'Aliança.
"Protegendo uma área de 240.611 hectares de cerrado de altitude, abriga espécies e formações vegetais únicas, centenas de nascentes e cursos d’água, rochas com mais de 1 bilhão de anos, além de paisagens de rara beleza, com feições que se alteram ao longo do ano. O parque também preserva áreas de antigos garimpos, como parte da história local. Foi declarado Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco [Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura] em 2001', diz o ICMBio.