quinta, 18 de abril de 2024
Ibovespa Dólar

Em sessão com circuit breaker, Ibovespa fecha com tombo de 12%; dólar tem novo recorde a R$ 4,72

09 março 2020 - 17h19Por Redação SpaceMoney

O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, fechou com queda acentuada o pregão desta segunda-feira (09), após o circuit breaker na parte da manhã. As perdas foram de 12,16%, aos 86.075,87 pontos. Seguindo o pânico generalizado nos mercados com o preço do petróleo e os receios com o coronavírus, por volta das 10h30, as perdas chegaram a 10%, aos 88.828,14 pontos, atingindo o ponto do circuit breaker. O dólar comercial fechou em alta, com valorização de 1,97% ante o Real e cotado a R$ 4,726. Às 9h10, o Banco Central promoveu novo leilão no mercado de câmbio, no intuito de conter os ânimos em relação à alta da divisa norte-americana. Leia mais: O que é e como funciona o circuit breaker da B3 A bolsa ficou parada por meia hora, para depois retornar aos trabalhos por volta das 11h. O circuit breaker é um mecanismo de defesa contra a volatilidade, permitindo rebalancear as operações. A última vez que o Ibovespa tinha atingido perdas de 10% foi em 2017, no chamado Joesley Day. Leia mais: Circuit breaker no Ibovespa pode ser bom momento para entrada no mercado Hoje a bolsa brasileira voltou ao seu horário normal de funcionamento, das 10h às 17h, com o início do horário de verão norte-americano. Veja os principais fatores que influenciaram o mercado financeiro na sessão de hoje:

Mercados internacionais

As bolsas internacionais prenunciaram o dia de queda generalizada. No Japão, o Nikkei afundou mais de 5%, enquanto a Bolsa de Xangai encerrou o pregão com perdas de 3%. Na Europa, DAX 30 fechou com queda de mais de 7%, assim como o FTSE 100. O índice CAC 40 encerrou a sessão com perdas de mais de 8%. Em Nova York, o Dow Jones despencou quase 8%. O S&P 500, que também teve um circuit breaker, fechou o dia com queda de 7,68%, enquanto a Nasdaq encerrou o dia com perdas de 7,29%. Leia mais: No Japão, ações fecham em queda e Índice Nikkei 225 recua 5,38% Leia mais: Com coronavírus e petróleo, bolsas europeias têm pior queda em 8 meses

Petróleo

Após a discordância entre Rússia e Opep em relação aos cortes de produção, a petroleira estatal da Arábia Saudita, a Saudi Aramco, está oferecendo petróleo a preços abaixo dos oficiais. Além disso, o país faz preparativos para elevar a sua produção para mais de 10 milhões de barris ao dia (mbpd). Com isso, o preço do barril de petróleo chegou a cair 30%. Agora, o Brent é cotado a US$35,86/barril. A situação também derrubou moedas emergentes, como o peso mexicano.

Coronavírus

A epidemia da nova doença alcançou novos níveis na Itália, o segundo país com maior número de casos, com mais de 7 mil infectados. Milão, importante centro econômico, está em quarentena. No Brasil, os casos confirmados chegaram a 24, sem nenhum óbito. No mundo, as ocorrências do COVID-19 passam de 100 mil e as mortes chegam a 3.800.

Em Brasília

O presidente Bolsonaro endossou publicamente, no último sábado, as manifestações convocadas para 15 de março, que têm como pauta o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal. O presidente, no entanto, disse que o movimento é “pró-Brasil”. No Twitter, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, tentou aliviar as tensões, afirmando que a casa está pronta para dar continuidade às reformas.

Balanços

O noticiário corporativo, ofuscado pela crise do petróleo e os receios com o coronavírus, aguarda os resultados das empresas CPFL e Direcional para depois do fechamento dos mercados.