quinta, 28 de março de 2024
coronavírus

Ibovespa opera em forte queda, junto com bolsas internacionais, pelo medo do coronavírus

27 janeiro 2020 - 10h26Por Redação SpaceMoney
O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, operava, às 10h17 desta segunda-feira (27), em forte queda de 2,55%, aos 115.355,32 pontos. As medidas da China para conter o avanço do coronavírus, às vésperas do Ano Novo chinês, voltaram a aumentar os temores sobre uma pandemia mundial, com casos confirmados em diversos países. O governo chinês admitiu que, apesar dos esforços, o vírus continua se espalhando e já deixou 80 mortos e mais de duas mil pessoas contaminadas. Com isso, o dólar comercial opera com valorização de 0,80%, cotado a R$ 4,219, no mesmo horário. Veja os principais fatores que podem influenciar os marcadores na sessão de hoje:

Mercados internacionais

Por causa do Ano Novo Chinês, as bolsas de Hong Kong, China e Coreia do Sul não abriram, mas a bolsa do Japão fechou com forte queda, de 2,03%. O medo do coronavírus faz com que os mercados mundiais tenham perdas. Apesar das medidas de contenção, a China admite que o avanço do vírus ainda não está controlado. Os índices da Europa operam majoritariamente em forte queda e os futuros de Nova York também apontam para uma abertura no vermelho.

China não segura avanço do vírus

O governo chinês admitiu que as medidas para tentar conter o avanço do coronavírus estão sendo pouco efetivas. O país já destinou US$ 9 bilhões para frear a epidemia e já restringiu a circulação de pessoas em 13 cidades. Na cidade de Wuhan, local onde surgiu a nova cepa (variedade) do vírus, foi construído um novo hospital, com 1 mil leitos, seguindo o modelo de contenção utilizado na última epidemia da síndrome respiratória aguda grave (SARS). Até os últimos levantamentos divulgados, a doença, que já matou 80 pessoas e contaminou mais de 2,7 mil, tem se espalhado pelo mundo e já atingiu 11 países em quatro continentes.

Trump, aço e alumínio

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um aumento nas tarifas sobre produtos derivados do aço e do alumínio, de 25% e 10%, respectivamente. Os países Austrália, Argentina, Brasil, Canadá, México e Coreia do Sul estão isentos das taxas sobre o aço e Argentina, Austrália, Canadá e México, do adicional sobre produtos derivados de alumínio.

Bolsonaro na Índia

O presidente Jair Bolsonaro e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, assinaram no sábado (27), em Nova Délhi, acordos bilaterais que incluem as áreas comerciais, de bioenergia, segurança cibernética e agropecuária. O destaque vai para a assinatura de uma joint-venture (acordo entre empresas por tempo determinado) entre a Taurus e o indiano Jindal Group para a fabricação de armas e transferência de tecnologia brasileira.

Boletim Focus

O Banco Central divulgou hoje (27) mais uma edição do Boletim Focus, que traz expectativas do mercado para alguns indicadores da economia. Para 2020, a inflação oficial recuou de 3,56% para 3,47%, a quarta redução seguida, abaixo do centro da meta de 4,00% e dentro da margem de erro de 1,5%. Já para 2021, as projeções foram mantidas, com alta de 3,75%, também dentro do centro da meta para o ano que vem. Para a taxa básica de juros, é esperada uma redução de 0,25% na reunião de fevereiro do Comitê de Política Monetária (Copom). A Selic deve ser mantida assim até o final de 2020, marcando o fim do ciclo de cortes do Banco Central. Já para 2021, deve ser elevada ao patamar de 6,25% Em relação ao dólar, as apostas de 2020 foram elevadas de R$ 4,05 para R$ 4,10, após encerrar 2019 a R$ 4,01. Por fim, o Produto Interno Bruto (PIB) de 2020 teve sua estimativa elevada de 2,30% para 2,31% e se manteve em 2,50% para 2021.