sexta, 19 de abril de 2024
Ibovespa

Ibovespa fecha em queda após demissão no ministério da Saúde; dólar sobe para R$ 5,83

15 maio 2020 - 17h24Por Redação SpaceMoney

O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, fechou o pregão desta sexta-feira (15) em queda. As perdas foram puxadas pela demissão do ministro da Saúde, Nelson Teich, que agravaram a instabilidade política no país.A queda foi de 1,84%, aos 77.556,62 pontos. O dólar ampliou a alta sobre moedas emergentes, mas teve alívio ontem frente ao real, com a diminuição das tensões políticas internas. Hoje, a moeda norte-americana registrou valorização de 0,33%, cotada a R$ 5,839. Veja os principais fatores que influenciaram o mercado financeiro na sessão de hoje:

Mercados internacionais

No Japão, o Nikkei 225 fechou com alta de 0,62%. Já a bolsa de Xangai encerrou a sessão com perdas de 0,07%. Na Europa, DAX 30 avançou 1,24% e FTSE 100 teve alta de 1,01%. CAC 40 subiu 0,11%. Nos Estados Unidos, Dow Jones teve alta de 0,25%. Já S&P 500 e Nasdaq subiram 0,39% e 0,79%, respectivamente.

EUA x China

A briga entre Pequim e Washington ganhou mais um capítulo ontem, com novas declarações do presidente Donald Trump em entrevista. O líder norte-americano disse que não queria falar com seu contraparte chinês no momento e sugeriu a possibilidade de cortar as relações com a nação asiática. Enquanto isso, a China reportou avanço de 3,9% na sua produção industrial de abril, apesar de resultados menos animadores nos setores de serviços e varejo.

Prévia do PIB

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado na manhã de hoje, mostrou retração de 1,95% no primeiro trimestre, maior queda da série histórica. O índice, além de antecipar dados do PIB, é utilizado pelo BC para tomada de decisões, como a Selic, a taxa básica de juros.

Balanços

Antes do fechamento, o mercado espera os balanços de JBS e Ser Educacional. Depois do fim do pregão, é a vez de Eneva e Even.

Em Brasília

As tensões se renovaram com a divulgação da transcrição da reunião ministerial citada por Sérgio Moro como prova da tentativa de interferência de Jair Bolsonaro na PF. A Advocacia Geral da União entregou trechos preocupantes das falas do presidente: “Eu não vou esperar f… minha família toda de sacanagem, ou amigo meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence à estrutura. Vai trocar; se não puder trocar, troca o chefe dele; não pode trocar o chefe, troca o ministro. E ponto final. Não estamos aqui para brincadeira.” Por outro lado, Bolsonaro se encontrou com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, após meses de conflito. A frente de guerra do presidente agora se volta para os governadores: em encontro com empresários, ele pediu que fizessem “jogo duro” contra as autoridades estaduais.