
O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, abriu em queda o pregão desta quinta-feira (19), seguindo o pânico dos mercados internacionais com o coronavírus. Por volta das 10h10, as perdas eram de 1,41%, aos 65.951,61 pontos.
O dólar comercial abriu em baixa, com valorização de 0,29% ante o Real e cotado a R$5,182. No fechamento de ontem, a moeda norte-americana valia R$ 5,198, quebrando recorde novamente. Hoje, o Banco Central interfere com leilões, na tentativa de conter a alta.
Os mercados seguem em pânico com a epidemia do novo coronavírus. Na segunda-feira, o Ibovespa teve um circuit breaker logo no início da sessão. Ontem, a dose se repetiu no começo da tarde. A semana passada foi a pior desde 1997, com acionamento do mecanismo por 4 vezes.
Veja os principais fatores que influenciam o mercado financeiro na sessão de hoje:
Mercados internacionais
No Japão, o Nikkei teve recuo de 1%. A Bolsa de Xangai também encerrou o pregão com perdas de quase o mesmo valor.
Na Europa, DAX 30 operava com leves perdas, assim como o índice CAC 40. O FTSE 100 tinha maior queda, de 1,6%.
Em Nova York, os futuros operavam em campo negativo.
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Coronavírus
A pandemia do novo COVID-19 continua a avançar — e assustar os investidores, que ainda avaliam os pacotes econômicos lançados ao redor do mundo.
No Brasil, o número de casos passa de 400, com 4 mortes registradas. O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Heleno, assim como presidente do Senado, Davi Alcolumbre, está com a doença.
No mundo, são mais de 220 mil ocorrências, com os óbitos passando de 9 mil.
Pacotes econômicos ao redor do mundo
Ontem, o governo brasileiro anunciou mais medidas econômicas para o combate da crise causada pelo coronavírus. Entre elas, a distribuição de vouchers para trabalhadores informais e ajuda para o setor de aviação.
Enquanto isso, o Banco Central Europeu destinou 750 bilhões de euros a estímulos econômicos, mas o mercado reagiu com dúvidas. O Fed, nos Estados Unidos, além da injeção de liquidez via notas promissórias, fez operações para garantir US$ 10 milhões de proteção de crédito.
Selic
Dentro do esperado, o Copom (Comitê de Política Monetária) cortou a taxa básica de juros, a Selic, em 0,5%, para a mínima histórica de 3,75%.
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