quinta, 28 de março de 2024
Prévia da inflação

IBGE: com queda na gasolina e alta nos alimentos, IPCA-15 fica em 0,58% em janeiro

Nos últimos 12 meses, o indicador acumula alta de 10,20%, abaixo dos 10,42% observados nos 12 meses imediatamente anteriores

26 janeiro 2022 - 09h06Por Redação SpaceMoney
 - Crédito: Divulgação

A prévia da inflação desacelerou para 0,58% em janeiro, após a alta de 0,78% no mês anterior.

Nos últimos 12 meses, o indicador acumula alta de 10,20%, abaixo dos 10,42% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Em janeiro de 2021, a taxa foi de 0,78%. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado hoje (26) pelo IBGE.

Esse resultado foi influenciado pelo recuo nos transportes (-0,41%), principalmente, com a queda nos preços da gasolina (-1,78%) e das passagens aéreas (-18,21%).

Os dois subitens contribuíram com -0,12 p.p. cada no IPCA-15 de janeiro.

Além disso, etanol (-3,89%) e o gás veicular (-0,26%) também tiveram variações negativas no período.

Com exceção dos transportes, os outros oito grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em janeiro. Em alimentação e bebidas (0,97%), a alimentação no domicílio acelerou para 1,03%.

Os maiores impactos vieram da cebola (17,09%), das frutas (7,10%), do café moído (6,50%) e das carnes (1,15%).

Por outro lado, houve queda nos preços da batata-inglesa (-9,20%), do arroz (-2,99%) e do leite longa vida (-1,70%), que já haviam recuado no mês anterior.

A alimentação fora do domicílio (0,81%) também acelerou em relação a dezembro (0,08%). O lanche passou de queda de 3,47% para alta de 1,25%, enquanto a refeição ficou com 0,63% de alta, resultado inferior ao do mês anterior (1,62%).

No grupo saúde e cuidados pessoais (0,93%), o destaque foram os itens de higiene pessoal (3,79%). No lado das quedas, o plano de saúde recuou 0,69%.

Em dezembro, foi incorporada a última fração mensal do reajuste anual que havia sido suspenso em 2020 e que foi aplicado a partir de janeiro de 2021.

Com isso, restou apenas a fração referente ao reajuste negativo de -8,19% anunciado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) no ano passado, aplicado a partir do IPCA-15 de julho.

Em habitação (0,62%), o maior impacto (0,06 p.p.) foi do aluguel residencial, com alta de 1,55%. Houve ainda alta no gás encanado (8,40%), consequência de um reajuste em São Paulo.

A energia elétrica, subitem de maior peso dentro do grupo, desacelerou para 0,03% em janeiro. A variação positiva da taxa de água e esgoto (0,28%) decorre do reajuste de 9,05% ocorrido em Salvador.

Maior variação no IPCA-15 de janeiro, vestuário subiu 1,48%, com alta em todos os itens, entre eles, roupas masculinas (2,35%), roupas femininas (1,19%) e calçados e acessórios (1,20%).

Nos artigos de residência (1,40%), os destaques foram os eletrodomésticos e equipamentos (2,26%) e os itens de mobiliário (2,04%). Os demais grupos ficaram entre o 0,25% de educação e o 1,09% de comunicação.

IPCA-15 tem alta em todas as áreas pesquisadas

A pesquisa mostra também que todas as áreas pesquisadas tiveram alta em janeiro.

A maior variação foi da região metropolitana de Salvador (1,08%), cujo resultado foi puxado pelos itens de higiene pessoal (4,57%) e pelas frutas (9,90%).

Já o menor resultado ocorreu em Brasília (0,19%), influenciado pelas quedas nos preços da gasolina (-4,89%) e das passagens aéreas (-14,37%).

Mais sobre a pesquisa

O Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor (SNIPC) produz contínua e sistematicamente índices de preços ao consumidor.

Com divulgação na internet iniciada em maio de 2000, o IPCA-15 difere do IPCA no período de coleta e na abrangência geográfica.

Para o cálculo do índice de janeiro, os preços foram coletados entre 14 de dezembro e 13 de janeiro de 2022 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 13 de novembro a 13 de dezembro de 2021 (base).

O IPCA-15 refere-se a famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, residentes nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e do município de Goiânia. 

Com informações da Agência de Notícias IBGE.

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