terça, 23 de abril de 2024
Vinicius Ibraim

Fundos de investimento clandestinos: não caia nessa cilada

06 novembro 2020 - 11h34Por Redação SpaceMoney

Promessa de grandes retornos, formação em economia e mais de 100 mil seguidores nas redes sociais: esse foi o conjunto que, segundo informações do Uol, levou cerca de 200 pessoas a confiarem seu dinheiro a um influencer digital e trader financeiro. O resultado, conforme apontado pelos investidores prejudicados, foi a perda de R$ 30 milhões.

O revés ocorreu após uma única operação malsucedida e realizada pelo economista Vinicius Ibraim na Bolsa de Valores em 27 de outubro. Ele, que tem mais de 164 mil seguidores no Instagram, prometia rentabilidade de até 10% ao mês e pedia transferências de valores diretamente para a sua conta corrente, operava o chamado “Fundo do Vinicius Ibraim”. Não existem registros desse fundo na lista da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Consequentemente, também não há autorização para que ele funcione legalmente.

Para dar mais credibilidade às promessas de rentabilidade e atrair os investidores, Ibraim trabalhava em conjunto com uma agência de marketing e realizava ao vivo as operações na bolsa. No dia em questão, porém, a transmissão foi interrompida e todas as redes sociais do trader foram deletadas. Também desaparecem todos os cursos sobre investimentos oferecidos em plataformas online e o próprio Ibraim.

Ainda segundo o Uol, o economista estava impedido de operar na Bolsa de Valores desde outubro deste ano e consta na CVM um processo aberto contra ele em 27 de setembro de 2020. A denúncia foi feita ao departamento responsável por "analisar reclamações formais apresentadas pelo público em geral sobre a atuação de participantes do mercado".

A defesa de Ibraim afirma que ele ressarcirá todos investidores e declarou à reportagem que o trader fechou suas contas em redes sociais para evitar ameaças após a "operação malsucedida”. O advogado Thiago Scopacasa afirmou ainda que "não tem informações de quais os dados do registro" do fundo na CVM, mas diz que ele é válido. 

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