Por Gabriel Codas - Investing.com - O Banco Central divulgou, nesta segunda-feira (31) estimativa de menor queda do crescimento da economia brasileira em 2020. Além disso, os economistas elevaram a expectativa para o IPCA e o dólar no fim do ano, e mantiveram a estimativa para a taxa Selic. Outra novidade foi uma nova queda da previsão da Selic para o fim do ano que vem.
Apesar da leve melhora, o cenário ainda é de uma crise econômica bastante intensa no país por conta da pandemia da Covid-19, mantendo sinais que pode ser menos pior do que esperada anteriormente.
PIB
A exemplo do período anterior, a projeção do PIB brasileiro avançou, mas ainda se mantém sob uma queda intensa. A estimativa agora é uma retração de 5,28% do PIB em 2020, contra 5,46% da semana passada. Há quatro semanas, a projeção estava em -5,66%. Para 2021, a estimativa segue de crescimento em 3,50% e se manteve em 2,50% para 2022 e 2023.
Inflação
Os analistas elevaram a estimativa de 1,71% para 1,77%. Há quatro semanas, o mercado via uma inflação encerrando 2020 em 1,63%. A aposta para o fechamento do ano-calendário segue abaixo do centro da meta de 4,00% e abaixo do piso da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.
Houve a manutenção das estimativas de inflação para 2021 - horizonte da política monetária do Banco Central sob o sistema de metas de inflação -, com os analistas estimando o IPCA em 3,00%. A estimativa também fica abaixo do centro da meta de inflação estipulado para o ano que vem, de 3,75%.
Entre os cinco maiores acertos do Boletim, o chamado Top-5, a previsão é de um IPCA no fim do ano, a 1,71%, ante 1,63% na semana passada e de 1,54% há 4 semanas. Para 2021, o TOP-5 elevou a previsão da inflação oficial em 3,06%.
Selic
Os analistas seguem esperando que a taxa Selic fique 2,00% em 2020. O TOP-5 segue prevendo 2,00%, com o corte de apenas 0,25 ponto percentual da última reunião sendo o último do atual do ciclo de afrouxamento monetário.
Para 2021, os economistas reduziram a projeção da Selic de 3,00% para 2,88%, e mativeram a de 2022 em 4,50%. Em 2023, a estimativa da taxa básica de juros foi de 6% para 5,75%
Já o TOP-5 manteve a previsão da Selic em 2,0% em 2021, 4,5% para 2022 e 5,5% em 2023.
Dólar
Em relação ao dólar, as apostas de 2020 interromperam nesta semana uma sequência de nove semanas em R$ 5,20 e aponta nova projeção de R$ 5,25 no fim do ano. Já o Top-5 prevê um dpikar fechando o ano a R$ 5,30, a mesma projeção da semana passada. No ano que vem, as estimativas seguem em R$ 5,00, a mesma estimativa de quatro semanas atrás, enquanto o Top-5 manteve em R$ 4,98. Em 2022, as projeções subiram de R$ 4,80 para R$ 4,90 e as de 2023 subiu de R$ 4,80 para R$ 4,85, enquanto o Top-5 manteve em R$ 4,63 em 2022 e R$ 4,60 em 2023.