quinta, 28 de março de 2024
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Eneva tem leve alta; elétrica tem interesse em fatia do BNDES na AES Tietê

01 julho 2020 - 13h08Por Investing.com

Por Gabriel Codas Investing.com - A elétrica Eneva (SA:ENEV3) tem considerado fazer nova oferta pela rival AES Tietê (SA:TIET11) após o braço de participações do BNDES ter sinalizado interesse em vender sua participação na empresa de energia controlada pela norte-americana AES. Por volta das 13h01, os ativos da Eneva caíam 0,13% a R$ 45,04, após operar em alta durante a manhã com máxima em R$ 45,72. Já as ações da AES Tietê subiam 1,47% a R$ 15,92. Os dois papéis operavam abaixo do desempenho do Ibovespa hoje, que avançava 1,43% a 96.416 pontos durante o momento da escrita. Ainda não há no momento, porém, qualquer decisão sobre o tema, disse a Eneva em comunicado ao mercado na noite de terça-feira. O BNDESPar, que concentra participações do banco estatal em empresas, contratou no final de junho a BR Partners como assessor financeiro com objetivo de buscar potenciais interessados em suas ações na AES Tietê, na qual possui 28,4% do capital. "Desde o anúncio...da decisão do BNDES Participações SA de contratar assessor financeiro para prospecção de potenciais interessados em adquirir sua participação na AES Tietê, a administração da companhia vem analisando a possibilidade de formular nova proposta para combinação de negócios com a AES Tietê", disse a Eneva no comunicado. Em março, a Eneva, que tem como maiores acionistas o BTG Pactual (SA:SA:BPAC11) e a Cambuhy Investimentos, apresentou oferta de combinação de ativos com a empresa que envolveria pagamento total de 6,6 bilhões de reais aos atuais sócios da AES Tietê, sendo 2,75 bilhões de reais em dinheiro e o restante em ações. A proposta foi recusada pelo conselho de administração da AES Tietê e enfrentou oposição da norte-americana AES. A Eneva acrescentou que ainda não há definições sobre termos e condições da eventual proposta e nem decisão final do conselho sobre o movimento. A AES Tietê possui principalmente hidrelétricas e parques eólicos e solares, enquanto a Eneva opera termelétricas a carvão e gás e possui campos de exploração de gás natural. Debêntures A edição desta quarta-feira da Coluna do Broad, do Estadão, informa que caso se confirme a saída do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) do capital da AES Tietê, pode levar a antecipação do vencimento dos contratos de debêntures da companhia, que atualmente estão em cerca de R$ 4 bilhões. A previsão contratual é vista como um obstáculo para interessados no negócio. A AES Corp (NYSE:AES) tem 24,35% do capital total da AES Tietê e negocia a aquisição. A companhia norte-americana, porém, teria mais dificuldades financeiras do que as concorrentes para completar a transação.