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Diretor do Fed indica juro menor nos EUA e bolsas se animam

18 julho 2019 - 19h58Por Angelo Pavini
As bolsas de valores começaram o dia em baixa, refletindo o pessimismo com a guerra comercial entre Estados Unidos e China e o desaquecimento econômico mundial. Mas os investidores se animaram com as declarações de um diretor do Federal Reserve (Fed, banco central americano), John Willians, de Nova York, que reforçou a expectativa de um corte dos juros na reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc) no fim deste mês. Willians afirmou que, em cenário com baixa expectativa de inflação, juros baixos e atividade desacelerando, é preciso ser agressivo: os bancos centrais devem agir rápido. Segundo Williams, é preciso manter as taxas de juros mais baixas por mais tempo, de modo a reduzir os rendimentos dos títulos e, assim, promover condições financeiras mais favoráveis. Segundo o Banco Fator, isso impulsionou as bolsas americanas e o Índice Dow Jones recuperou as perdas, fechando praticamente estável, em alta de 0,01%, enquanto o Standard & Poor’s 500 subia 0,36% e o Nasdaq, 0,27%. Já os índices da Europa, recuaram conforme investidores precificam as incertezas sobre as negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China. O Índice Euro Stoxx 600 caiu 0,22%, refletindo a baixa de 0,92% no DAX, de Frankfurt, de 0,38% no CAC, de Paris, e de 0,56% no Financial Times, de Londres. Os juros dos papéis do Tesouro americano de 10 anos caíram, 0,02 ponto percentual, para 2,024% ao ano, enquanto o dólar recuou diante do euro e do iene. Já o ouro voltou a subir, 1,17%, atingindo no mercado futuro de nova York US$ 1.445,90 a onça-troy (31,104 gramas), beneficiado pelas incertezas e pelo juro mais baixo no mundo. O petróleo tipo Brent, negociado em Londres, recuou 2,1%, terceiro dia seguido de queda. No Brasil, o Índice Bovespa acompanhou a alta das bolsas americanas e subiu 0,83%, para 104.716 pontos. O real se valorizou e o dólar caiu 0,86%, para R$ 3,729 para venda no mercado comercial. E o Credit Default Swap, indicador do prêmio de risco pago pelos papéis brasileiros no exterior de 5 anos caiu para menos de 1,29 ponto percentual acima do juro americano, o menor patamar em quase cinco anos, segundo o Fator. Os juros também recuaram no mercado futuro e a projeção do contrato de DI de janeiro de 2021 retornou para patamar inferior a 5,55% ao ano, com 5,53%, 0,05 ponto abaixo de ontem. Para 2025, a taxa caiu 0,03 ponto, para 6,93% ao ano. Os números reforçam a expectativa de que o Banco Central vai cortar a taxa básica Selic, hoje de 6,5% ao ano, a começar na reunião que termina dia 30 deste mês. As maiores quedas foram de Cielo ON, com 3,60% de baixa, CVC Brasil ON, 2,51%, Multiplan ON, 1,77%, Iguatemi ON, 1,72% e Smiles ON, 1,62%. Já as maiores altas foram de Estácio Participações ON, 5,45%, Kroton ON, 5%, Sabesp ON, 4,45%, MRB ON, 2,85% e Santander Unit, 2,35%. O post Diretor do Fed indica juro menor nos EUA e bolsas se animam; risco Brasil no exterior é um dos menores em 5 anos apareceu primeiro em Arena do Pavini.