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Destaques: NY fecha escolas e índices devem abrir em queda

19 novembro 2020 - 09h37Por Investing.com

Por Geoffrey Smith, da Investing.com - Os índices americanos devem abrir em queda com recordes de hospitalizações nos Estados Unidos e fechamento das escolas públicas em Nova York. Pedidos de seguro-desemprego e índices de atividades do Federal Reserve estão no radar. A Turquia elevou drasticamente a taxa básica de juros do país para segurar o declínio da lira, enquanto a Indonésia faz corte nos juros para novo patamar recorde. Preços do petróleo caem com descontentamento de produtores com cortes.

Aqui está o que você precisa saber sobre os mercados financeiros na quinta-feira, 20 de novembro.

1. Casos de Covid-19 sobem; Nova York fecha escolas

Os EUA ultrapassaram o marco sombrio de mais de 250.000 mortes causadas pela Covid-19 e cidades e estados se mexem para apertar as restrições a ajuntamentos sociais e outras atividades para evitar um congestionamento dos hospitais.

O número de pessoas hospitalizadas com o vírus atingiu um novo recorde de mais de 79.000, enquanto a contagem de mortes atingiu seu maior desde o início de maio.

A cidade de Nova York deve fechar suas escolas públicas a partir de hoje, uma medida que, quando aplicada na primeira onda de bloqueios, fez mais do que a maioria para atingir a atividade econômica.

Houve notícias um pouco melhores da Europa, onde a contagem de hospitalizações na França caiu drasticamente.

2. Pedidos de seguro-desemprego, índices regionais do Fed no radar

O aumento nos casos de Covid-19 e a pressão correspondente no setor de turismo, em particular, podem ser refletidos nos dados de pedidos de seguro-desemprego dos EUA da última semana, a serem divulgados às 10h30. Espera-se que os pedidos iniciais permaneçam praticamente inalteradas em 707.000, tendo registrado uma baixa pós-pandemia de 709.000 na semana passada.

O índice de atividade industrial do Federal Reserve da Filadélfia deve sair no mesmo horário, enquanto o do Fed de Kansas City está programado para o meio-dia.

Entre os dois, saírão os dados de vendas de casas existentes para outubro. Essas taxas atingiram um pico de 14 anos em setembro, quando a pandemia desencadeou uma corrida para os subúrbios por moradores da cidade.

3. Índices devem abrir em queda com preocupação por Covid-19

Os mercados acionários dos EUA devem estender as perdas de quarta-feira (18) com o temor de que a atual onda de casos da Covid-19 pesará sobre a produção no último trimestre do ano.

O Dow Jones Futuros, o S&P 500 Futuros e o Nasdaq 100 Futuros caíam 0,16%, 0,1% e 0,27%, respectivamente, perto das 09h13, atingidos ligeiramente por uma perspectiva desanimadora dada pela fabricante de chips Nvidia (NASDAQ:NVDA)(SA:NVDC34) após o encerramento na quarta-feira.

A Nvidia correspondeu às expectativas com um trimestre forte impulsionado pela demanda de centros de dados e videogames, muito em linha com a narrativa que gerou uma grande alta nas ações este ano. No entanto, permanecem dúvidas sobre a aquisição planejada de US$ 40 bilhões da ARM Holdings (LON:ARM), da Softbank, um negócio visto por muitos como caro.

4. Você quer taxas de juros? Temos taxas de juros!

O Banco Central da Turquia elevou a principal taxa de juros do país em 475 pontos-base, enquanto o novo governador da autoridade monetária age para sustentar a moeda de pior desempenho do mundo entre os grandes mercados emergentes este ano.

A lira turca, que havia caído para mínimos históricos em relação ao dólar no início de novembro, subiu 1% para 7,693 em resposta. O pico atingiu quase 8,58 há duas semanas.

Outros bancos centrais estavam, no entanto, contribuindo para a tendência recente de maior afrouxamento das políticas. A Indonésia cortou a taxa básica para um novo mínimo histórico. O movimento empurrou o dólar 0,8% para cima em relação à rúpia, que ainda está acima de 3% no mês contra um dólar geralmente fraco.

O Banco da Reserva da África do Sul também anunciará os resultados da última reunião de política na quinta-feira.

5. Petróleo cai com conversas nos Emirados Árabes Unidos

Os preços do petróleo caíram novamente com temores sobre o futuro da demanda global, à medida que o coronavírus avança no Hemisfério Norte. Além dos EUA, a Rússia também relatou uma alta taxa recorde de infecções diárias, enquanto a taxa de mortalidade atingiu o maior patamar desde a primavera no Reino Unido. Na Alemanha, a taxa de infecção diária manteve-se acima de 22.000.

Às 9h17, o Petróleo WTI Futuros caía 0,76% a US$$ 41,69 o barril, enquanto o Petróleo Brent Futuros caía 0,27%, a US$ 44,23 o barril.

O boato de que os Emirados Árabes Unidos estão considerando abandonar o bloco da OPEP+ em protesto contra a baixa cota de produção não ajudou. Embora seja improvável que país siga em frente com tal medida, relatos indicam a profunda infelicidade do governo com os acordos atuais e são uma indicação de onde podem estar os problemas para se chegar a um acerto sobre a política de produção para 2021.

Veja os fatores que influenciam os mercados hoje