sexta, 26 de abril de 2024
Fake News

CPI da Covid solicita quebra de sigilo telemático de Bolsonaro

Requerimento pede que presidente se retrate em cadeia nacional e seja suspenso das redes sociais

26 outubro 2021 - 15h17Por Redação SpaceMoney
Jair Bolsonaro em liveJair Bolsonaro em live - Crédito: Reprodução

Nesta terça-feira (26), a CPI da Covid no Senado Federal aprovou o pedido e quebra de sigilo telemático do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), após ele divulgar notícias falsas sobre as vacinas do novo coronavírus em relação a Aids na última quinta-feira, durante sua live semanal.

O requerimento pede que os dados sigilosos do presidente desde abril de 2020 sejam enviados ao Procurador-Geral da República, Augusto Aras, e ao Supremo Tribunal Federal (STF).

A quebra de sigilo telemático busca determinar que o Google (GOGL35), Facebook (FBOK34), e o Twitter (TWTR34) enviem informações como registros de conexão, dados cadastrais e conteúdo armazenado nesse período. Além disso, também é pedido o banimento das contas do presidente.

Fora isso, também há um pedido para que Bolsonaro se retrata em cadeia nacional do que foi dito, desmentindo a correlação entre a vacina contra a Covid-19 e o surgimento da Aids, sob pena de multa pessoal diária no valor de R$ 50 mil.

"Não podemos mais tolerar esse tipo de comportamento, razão por que precisamos de medidas enérgicas e imediatas para viabilizar a investigação e a responsabilização do presidente da República nos termos da Constituição por atos atentatórios às políticas públicas de enfrentamento à pandemia de Covid-19", disse o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), autor do requerimento

“Dessa forma, entre as medidas impreteríveis, é mister a quebra de sigilo telemático das redes sociais do presidente da República, acima indigitadas, a suspensão cautelar de acesso aos respectivos perfis com vistas a se evitar a destruição de provas, e a retratação por parte do presidente da República, providências que ora requeiro”, completou Randolfe.

Ontem, o Facebook e o YouTube retiraram do ar o vídeo em que Bolsonaro fez as declarações.

*Com informações da Reuters