Crescimento do emprego, inflação baixa, melhora nas vendas ao varejo e ambiente de juros mais baixos sustentam a recuperação gradual da economia do Brasil, afirma a agência de classificação de risco Moody’s Investors Service. Segundo a agência, como na maioria das principais economias do mundo, os consumidores contribuem com a maior parcela da atividade econômica total no Brasil e direcionam o Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas pelo país).
“No Brasil, o crescimento do emprego é fundamental para sustentar o crescimento do consumo”, afirma o vice-presidente sênior da Moody’s Gersan Zurita. “O emprego tem melhorado de forma gradual desde o fim da recessão econômica, com uma participação crescente da população retornando lentamente à força de trabalho”, diz. Além disso, o aumento real dos salários combinado com inflação baixa e expectativas inflacionárias bem ancoradas aumentam o poder de compra do consumidor.
As vendas no varejo vêm melhorando gradualmente à medida que a confiança do consumidor se recupera. Vendas mais amplas do varejo, que incluem as de materiais de construção e veículos, crescem gradualmente desde o fim da recessão, mas permanecem abaixo do pico alcançado em 2013.
A recuperação lenta das vendas de veículos, contudo, permanece decepcionante, uma vez que os níveis de vendas seguem abaixo daqueles que antecedem o período recessivo, destaca a Moody’s. Já a perspectiva para o segmento imobiliário parece mais promissora, com uma recuperação mais visível tanto em unidades vendidas e em valores que no caso dos bens de consumo.